Elenco curto faz Corinthians recorrer à base

O Corinthians convive em 2025 com um problema que tem acompanhado o trabalho de Dorival Júnior: a escassez de opções no elenco. O levantamento do Gato Mestre mostra que o clube utilizou apenas 38 jogadores na temporada, marca que o coloca entre os três times com menos atletas em campo na Série A — à frente somente de Ceará (37) e Cruzeiro (36).

A dificuldade se explica pela soma de fatores. A crise financeira restringiu movimentos no mercado, e o transfer ban da Fifa, aplicado pelo não pagamento ao Santos Laguna pela compra do zagueiro Félix Torres, bloqueou a inscrição de reforços. Assim, desde janeiro, chegaram apenas Fabrizio Angileri e Vitinho, ambos sem custo de transferência.

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Enquanto as contratações foram escassas, as saídas foram numerosas. O elenco perdeu nomes como Pedro Raul, Renato, Alex Santana, Diego Palacios e Igor Coronado, além de jovens como Giovane e Léo Maná. O resultado é um plantel curto, com espaços em aberto em algumas posições.

Para contornar o cenário, Dorival tem apostado na integração de jovens da base. Atacantes como Kayke, Dieguinho e Gui Negão, além de meio-campistas como Bahia e André, foram promovidos em ritmo acelerado para o time principal.

“Estamos trazendo os meninos para perto porque precisamos deles. É um processo rápido, mas necessário. Tenho todo cuidado possível, porque gosto de trabalhar com a base”, afirmou o treinador.

A estratégia tem garantido soluções emergenciais, mas não resolve a falta de profundidade do elenco. Sem a possibilidade de reforços até a reabertura da janela e com o transfer ban ainda em vigor, o Corinthians terá de seguir apostando no talento e na maturação precoce de seus garotos para fechar a temporada.