Teixeira não aceitará imposições da WTorre para nova Vila, veja

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2 anos atrás em 7 de fevereiro de 2024
Foto: Divulgação


Durante a reunião do conselho deliberativo do Santos na última segunda-feira, o presidente Marcelo Teixeira abordou o progresso do projeto para a construção da Nova Vila Belmiro. Além de responder às perguntas dos conselheiros, o líder do clube afirmou que, embora a construção de um novo estádio fosse uma promessa de campanha, o Santos não estaria disposto a fazer concessões excessivas para alcançá-la.


– Se me perguntarem se é uma boa parceria (com a WTorre) eu direi que o Santos precisa de um estádio, mas não vai se prostituir para ter esse estádio. O Santos terá o seu estádio. Eu fiz esse compromisso com as senhoras e os senhores, com o quadro associativo em campanha. O Santos terá o seu estádio através daquilo que está sendo negociado hoje prioritariamente com a WTorre.


Teixeira fez um resumo sucinto das negociações em andamento com a WTorre. Ele enfatizou que o clube estava determinado a evitar os problemas enfrentados pelo Palmeiras em sua relação com a construtora.


– Desde dezembro demos um ultimato, de forma elegante, mas bem direta ao parceiro, a WTorre. Nitidamente para que a gente daqui a cinco, sete, ou dez anos, não estejamos vindo a público, como o coirmão da capital (Palmeiras) está vindo, discutindo publicamente e prejudicando uma parceria existente. Denigre a imagem do clube, prejudica a imagem do parceiro, não é algo benéfico. Acredito que isso esteja sendo discutido já há cinco anos. Nós estamos esse tempo todo discutindo e nunca, na verdade, sentamos numa mesa para discutir detalhes desse memorando.


De acordo com o presidente do Santos, a gestão anterior não havia discutido, por exemplo, a situação das cadeiras cativas e camarotes já existentes. Ele enfatizou a importância de respeitar os direitos dessas pessoas no contexto do projeto.




– Você tem propriedades nas quais o parceiro não compreende o que representa uma cadeira cativa. Existem 1.300 cadeiras cativas. Serão colocadas de que forma? Serão respeitadas de que maneira? O parceiro não entende. Ele coloca a cadeira cativa num local onde, supostamente, para o parceiro é cômodo porque vai buscar financeiramente algo melhor ao próprio. Só que ele não compreende que o proprietário da cadeira cativa é dono do Santos Futebol Clube. O Santos começou na sua fundação e tem que ser respeitados aqueles que fizeram parte dessa história. Que em momentos como esse continuaram contribuindo, na pandemia continuaram colaborando. São certos posicionamentos que as gestões não fizeram e o Santos tem obrigação de fazer para que a gente consiga colocar agora, no papel, certas situações que não foram colocadas.











Teixeira mencionou que, neste momento, o conselho da WTorre está analisando as preocupações levantadas pela atual diretoria do Santos. Além disso, ele explicou que a questão do “naming rights” do novo estádio também está gerando dúvidas e discussões.


– Nós estamos tendo certos posicionamentos como naming rights. É uma propriedade, lógico, que pode ser utilizada para viabilizar a construção da arena. Mas é uma propriedade do Santos . Ela deve ser também respeitada, não diante de você ficar fixo e preso durante 30 anos. São certas negociações que estamos entrando na prática do processo e estamos com uma equipe que está bem preparada para que a gente consiga dirimir essas dúvidas. É uma empresa que tem receptividade com aquilo que está sendo colocado. Eles entenderam que, como não estava discutido, era um direito que a WTorre tinha conquistado. Não deixamos claro que não. Que se não foi discutido, agora, está sendo detalhado. Eles darão a resposta a comissão que nós determinamos que acompanhasse essa situação para que a gente consiga definir bem essa parceria.