Chegou ao fim a primeira fase da Série A1 do Campeonato Paulista, e os confrontos da fase de quartas de final já foram definidos, juntamente com suas datas e mandos de campo. Mas, certamente, tem algo da primeira fase que está longe do fim (pelo menos entre os fãs de futebol): os debates sobre o regulamento do campeonato.
Alvo de discussões e situações completamente inusitadas, o estatuto causou, desde a sua reestruturação, em 2014, diversas polêmicas, nas quais, deram o que falar.
A mais recente delas aconteceu este ano, com o São Paulo. O time da capital fez 22 pontos ao longo das 12 rodadas iniciais, mas, caso tivesse empatado com o Ituano, o tricolor paulista teria ficado pelo caminho, mesmo com a 6ª melhor campanha geral.
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Lucas comemora gol no último minuto contra o Ituano. Foto: Rubens Chiri
Um ano após a troca do regulamento, em 2015, XV de Piracicaba, Capivariano e Penapolense brigavam contra o rebaixamento e a classificação até a última rodada. A distância do Nhô Quim, que conseguiu se classificar, para a CAP, que foi rebaixada, foi de apenas 3 pontos. E entre eles, na classificação geral, haviam 8 times.
Penapolense x Palmeiras; Foto: Cesar Greco / Fotoarena
Mas, certamente, episódio mais famoso foi o do Paulistão de 2016. Nele, o regulamento abordava a queda de 6 times, justamente para a implementação do modelo que conhecemos hoje. Caíram, neste ano, Água Santa, Mogi Mirim, XV de Piracicaba, Oeste, Capivariano e Rio Claro. Destes, apenas Oeste e Água Santa voltaram à A1 nos anos seguintes. Veja a tabela da zona de rebaixamento:
Com a efetivação do novo regulamento, com 16 times presentes, sendo os dois primeiros de cada grupo classificados para as quartas de finais, e os dois piores colocados na classificação geral, rebaixados – houve, como um todo, uma grande dificuldade em relação aos times das divisões menores do Campeonato Paulista, em subir para a A1. Além, claro, de ainda mais controvérsias.
Em 2018, o São Bento, que fez 17 pontos, se classificaria em segundo lugar em qualquer um dos outros três grupos, mas ficou atrás de Novorizontino e Palmeiras, que fizeram 26 e 20 pontos, respectivamente. Situação parecida com a que viveu o próprio Novorizontino, nos anos de 2020 e 2021. Em ambas as oportunidades, o Tigre do Vale esteve nas oito melhores campanhas da primeira fase, mas não se classificou, pelo mesmo motivo do São Bento: as equipes de seu grupo fizeram mas pontos.
Em 2023, quem sofreu foi o Santos, que poderia, com 14 pontos, tanto ser rebaixado para a segunda divisão, quanto passar para a próxima fase. E só não avançou para as quartas de final por conta do saldo de gols, pois o Peixe teve a mesma quantidade de pontos que o Botafogo de Ribeirão Preto.
Foto: Raul Baretta/ Santos FC