Após a eliminação do Red Bull Bragantino na Copa do Brasil, o técnico Pedro Caixinha abordou um tema delicado na entrevista coletiva: a impossibilidade de jogar no estádio Nabi Abi Chedid na partida de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana contra o Corinthians, que ocorrerá na próxima terça-feira, 13. O clube optou por realizar o jogo no estádio Santa Cruz/Arena Nicnet, do Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, um local com capacidade para 29 mil pessoas.
Caixinha expressou sua frustração com os critérios que impediram o uso do Nabi Abi Chedid na fase atual da competição, questionando a lógica por trás dessas restrições. Ele comparou a situação com o gramado da Arena Castelão, onde joga o Fortaleza, sugerindo que a capacidade de público parece ser o principal fator considerado, em vez da qualidade das instalações.
“Se o estádio está apto para iniciar uma competição, deveria estar apto para finalizar essa mesma competição. Mas essa é a minha opinião e aquilo que tenho como experiência e conhecimento. O futebol, nesse sentido, é cada vez menos democrático.”
Além disso, o técnico comentou sobre o público nos jogos do Bragantino no Nabizão, apontando que a presença de 4.046 torcedores contra o Athletico-PR na Copa do Brasil poderia ser semelhante à que se esperaria em um jogo decisivo contra o Corinthians, mesmo se realizado no estádio original. A mudança para Ribeirão Preto, que fica a quase 290 quilômetros de Bragança Paulista, foi questionada pelos torcedores nas redes sociais devido à longa distância e ao tempo de viagem.
Caixinha minimizou a relevância do tema, sugerindo que a questão da localização e do público não deveria ser um foco de discussão: “Quantas pessoas estavam hoje no estádio? Se calhar seria o mesmo número de pessoas que viriam no jogo contra o Corinthians. Em jogo que é uma decisão. Então por que vamos falar sobre isso? Eu acho que não é um tema.”