Guilherme fala sobre relação com atacantes: “posso ajudar”

Divulgação / Atlético MG

Publicados 3 dias atrás em 18 de outubro de 2024
Por: André Victor Lima e Silva

Seguindo com as matérias sobre o nosso programa Especial TSP com Guilherme Alves, no nosso canal no YouTube, dessa vez analisamos um trecho da conversa em que Guilherme Alves, treinador do Velo Clube e artilheiro do Brasileirão na época de jogador, comenta sua relação com os centroavantes de suas equipes.

O ex-atacante respondeu a minha pergunta sobre a existência de uma proximidade maior com os camisas nove, visto sua grande carreira como fazedor de gols. Abre aspas para a sua resposta:

Não é que eu tenha um carinho especial, é que eu posso ajudar, né? Assim, eu conheço essa função muito, eu passei a minha vida inteira dentro da área. Então, assim, eu sei e eu entendo que eu posso ajudar. E, assim, eu gosto, eu gosto de conversar bastante com… não só com os centroavantes, mas com os atacantes, principalmente na posição corporal para receber, para dominar, para tentar dar o mínimo de toques possível para poder finalizar, ou até preparar o corpo para finalizar de primeira. Isso era uma coisa que eu sempre fiz muito bem. Porque você tira completamente o zagueiro da jogada, ele não chega a tempo, mas é difícil. Gosto de dar treinos para que isso possa acontecer no jogo, né?

 

Figura Tricolor: Guilherme (1997-1998)

Vindo do Marília, fez parte do plantel do São Paulo em 1993 e 1994

 

Seguindo no assunto, disse que foi algo que aprendeu com Telê Santana, seu treinador nos início dos anos 1990, quando atuou no São Paulo. Também afirmou valorizar o treino de repetição e não acreditar em um “dom” para fazer gols:

Isso é uma coisa que eu peguei do Telê também. Esse tipo de treinamento técnico, repetição. Eu não acredito, não acredito em atacante que tenha a facilidade de finalizar se ele não treinar, se ele não repetir. Ah, tá cansado? Pode sim. Em vez de fazer 20 bolas, faz oito, não tem problema. Ah, por quê? Falaram que a perna tá pesada, faz quatro. Faz quatro bolas. Não tem problema, mas faça, entendeu? Eu acredito muito na repetição, principalmente em relação a atacantes. Óbvio que os treinos reduzidos, eles ajudam, porque você tá finalizando toda hora. Mas eu também acredito na parte de trabalho técnico.

Ainda sobre o lendário Telê Santana, contou uma história em que o técnico questionou a qualidade de Guilherme no seu principal fundamento, o cabeceio.

O mais engraçado é que eu achei que era o meu forte, entendeu? Que eu cabeceava mesmo, fazia vários gols, fiz vários gols de cabeça, né, na A2 e depois no Paulistão, quando eles me pediam a contratação. Aí chegou lá e ele fazia a finalização todo dia, cara, todo dia. Era um cara muito bom, foi o cara que eu mais aprendi na minha vida, foi o Tele. Teve um jogo que fiz dois gols, os dois gols de cabeça, ele falou assim, você tá fazendo gol, mas você acha que você sabe cabecear, você não sabe cabecear. Aí foi, me ensinando, mostrando o jeito certo, e eu vi que, na verdade, eu não sabia mesmo. E ele tinha razão. E eu melhorei muito nesse quesito, que eu já era razoável, acabei ficando bom na cabeça.

É comum vermos treinadores que tiveram carreira como jogador tentarem implementar em suas equipes algumas características suas como atleta e dos técnicos que admiram. Boa parte dos grandes treinadores do futebol mundial foram também atletas de ponta. Na Europa, Pep Guardiola, Carlo Ancelotti, Xabi Alonso, Vincent Kompany e Mikel Arteta, que comandam alguns dos favoritos ao título da Liga dos Campeões, foram todos ótimos jogadores, por exemplo.

Para mais sobre a nossa entrevista mais que especial com Guilherme Alves, assista na íntegra.

 

Fique por dentro das notícias! Siga nosso perfil no Instagram.

Receba notícias do TSP (Tudo Sobre Paulista) pelo WhatsApp.

Profetize os resultados do Velo Clube no Paulistão A1 Série A1 2024!
Clique aqui, faça seu cadastro na Betnacional e use o código: TUDOSOBREPAULISTA.

Aposte na bet nacionalAposte na bet nacional
P