A apresentação do projeto de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) da Portuguesa, em parceria com a XP Investimentos, Tauá Futebol e Revee, tem gerado polêmica entre os membros do clube. Programado para quarta-feira (6), o evento visa expor detalhes da proposta para torcedores, sócio-torcedores, associados e conselheiros. No entanto, nem todos os setores do clube apoiam essa iniciativa, como ficou evidente após o vazamento de um áudio crítico de um conselheiro que questiona a decisão da diretoria de incluir a torcida nessa fase de divulgação.
No áudio, o conselheiro expressa que decisões sobre o projeto devem ser responsabilidade de “pessoas qualificadas, representativas dos associados”, como o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), que possui autoridade para avaliar contratos e dar pareceres. Ele criticou o formato de apresentação, alegando que a maneira como o projeto foi exposto parece mais uma tentativa de venda direta do que um processo de análise criteriosa.
Durante a reunião do COF realizada na última terça-feira (29), o órgão solicitou a elaboração de um pré-contrato para ser analisado pelo departamento jurídico do clube, com suporte de um escritório de advocacia independente. A proposta da XP Investimentos, que inicialmente tinha validade até quinta-feira (30), foi prorrogada até segunda-feira (4), data da próxima reunião do COF, com o objetivo de definir os próximos passos do projeto.
Esse não é o único episódio de tensão dentro do clube. Recentemente, outro áudio vazado revelou conversas sobre um possível plano para substituir o presidente Antonio Carlos Castanheira, abrindo caminho para a oposição assumir o comando da Portuguesa. Esses incidentes refletem um momento de instabilidade e divergência de opiniões dentro da Lusa, com diferentes grupos buscando influenciar o futuro da gestão e o projeto de SAF.