O presidente do Novorizontino, Genilson Rocha Santos, lamentou o sentimento de frustração após o clube, pelo segundo ano consecutivo, encerrar a Série B do Campeonato Brasileiro na quinta colocação. A equipe foi derrotada por 1 a 0 pelo Goiás na última rodada, perdendo novamente a chance de acesso à elite do futebol brasileiro.
Em entrevista coletiva, o dirigente destacou o impacto da nova decepção e comentou sobre as lições que o clube levará para o futuro.
“É um momento triste pelo fato ocorrido, mas, principalmente, por nós, como equipe e como time, termos todas as oportunidades conosco e deixarmos escapar por entre os dedos. Então, não é fácil. É um momento difícil para todos, e todos estão sentindo essa dor, pode ter certeza disso”, lamentou.
Em 2023, o Tigre encerrou a Série B com 63 pontos, um ponto a menos que o Atlético-GO, dono da última vaga do G-4. Neste ano, o Aurinegro chegou aos 64, no entanto, a mesma pontuação do quarto colocado Ceará, que levou vantagem no número de vitórias conquistadas (19×18).
“O segundo ano na quinta colocação, por um lado, mostra que algo muito bom está sendo feito, porque não é fácil disputar um Campeonato Brasileiro da Série B. Porém, por outro lado, nós não podemos ficar apenas no ‘quase’. O time é uma equipe, o Novorizontino é um clube que busca sempre posições melhores. O fato de nos mantermos na mesma colocação mostra que estamos no caminho certo, mas que precisamos de ajustes de rota”, afirmou Genilson.
A campanha do Novorizontino, marcada por um longo período no G-4 e nove rodadas na liderança, chegou a indicar mais de 90% de chance de acesso em alguns momentos. No entanto, nos três jogos finais e decisivos, a equipe deixou escapar.
De nove pontos disputados, o Tigre conquistou apenas um. Perdendo chances de garantir o acesso de forma antecipada, uma derrota na última rodada selou a permanência na segunda divisão. Assim, o presidente do clube destacou que “faltou atenção” aos detalhes nos momentos decisivos.
“Faltou um pouco mais de atenção aos detalhes, de entender o que são jogos decisivos, o que é uma decisão e como se portar em um jogo assim. É preciso estar atento a todos os detalhes, valorizar cada ponto, cada lance. Por vezes, tivemos alguns descuidos como equipe. Não me refiro apenas ao time dentro de campo, mas também a quem está fora das quatro linhas. Acho que esses detalhes são os que precisamos nos atentar”, analisou.
Sobre o planejamento para 2025 e a permanência do técnico Eduardo Baptista, Genilson foi cauteloso, afirmando que será uma das primeiras questões a serem avaliadas.
“O Eduardo está conosco há dois anos. Claro, o contrato dele termina ao final da temporada, como de costume. Então, sem dúvida, essa será a primeira questão a ser avaliada e colocada na balança. Não tem como ser diferente. Os resultados foram mais positivos do que negativos, mas há todo um trabalho a ser analisado. É preciso avaliar o que o clube pensa para o futuro, se quer seguir com a proposta de comando e trabalho atual”, afirmou o presidente.
Em 2025, o Novorizontino disputará o Paulistão, no Grupo C, ao lado de São Paulo, Água Santa e Noroeste, além da Copa do Brasil e mais uma vez a Série B, com a meta de, enfim, conquistar o acesso.
“Nesse momento, como disse, é hora de juntar os cacos, se remontar, se reconstruir, porque os campeonatos seguem. E o Novorizontino, sem dúvida, também vai seguir, sem deixar de ser aquilo que sempre foi”, concluiu.