O Palmeiras se manifestou neste sábado (30) contra a recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) para que a partida contra o Cruzeiro, na quarta-feira (4), às 21h30, no Mineirão, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, seja realizada sem a presença de torcedores palmeirenses.
A recomendação surgiu após o episódio de violência entre torcidas organizadas dos clubes, ocorrido em outubro na Rodovia Fernão Dias. A emboscada da Mancha Verde contra a Máfia Azul resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro e em outros feridos. Diante disso, o governo de Minas Gerais sugeriu a adoção de torcida única para o duelo.
Assim, já no dia 19 de novembro, o Palmeiras enviou um ofício à CBF discordando da medida. No documento, o clube defendeu que, caso as autoridades locais considerem inviável garantir a segurança dos torcedores visitantes, a partida aconteça em outra cidade.
Veja a nota completa publicada pelo Palmeiras:
“A Sociedade Esportiva Palmeiras tomou conhecimento da recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) para que o jogo de quarta-feira (4) contra o Cruzeiro, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, seja disputado sem a presença de palmeirenses no Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
O Palmeiras discorda veementemente da sugestão do MP-MG e tem convicção de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em respeito à isonomia da competição, trabalhará em conjunto com as autoridades de segurança pública do estado para assegurar que a partida em questão, de caráter decisivo, tenha torcedores dos dois clubes – a exemplo do jogo disputado entre as equipes pelo primeiro turno do Brasileirão, no Allianz Parque.
Cabe salientar que ainda no dia 19 de novembro, logo após o vice-governador de Minas Gerais defender publicamente a realização da partida da próxima quarta-feira com torcida única do Cruzeiro, o Palmeiras enviou ofício à CBF contestando a ideia e sugerindo que, em último caso, se verificada a incapacidade do governo mineiro de garantir a segurança dos palmeirenses no estádio, a entidade determinasse a alteração do local do jogo para uma cidade de outro estado.
O Palmeiras não aceita ser penalizado esportivamente em razão de um crime ocorrido em uma rodovia, em um dia no qual o atual bicampeão nacional nem sequer entrou em campo.”