O Sfera já garantiu sua classificação à próxima fase da Copinha. A equipe de Salto-SP bateu o Estrela de Março e o Piauí, restando apenas o confronto contra o América-MG para definir quem termina na primeira colocação do grupo 26. O Sfera precisa dos três pontos, já que tem um saldo de gols menor que o do Coelho.
Essa é apenas a segunda participação da jovem equipe na competição. No ano passado, em sua estreia, ficou em evidência ao bater grandes clubes como o Atlético-MG. Um dos líderes do elenco durante esses dois anos é Rafael Werneck. O jovem e promissor zagueiro conversou com André Victor, redator do TSP, poucos dias antes da Copinha e comentou sobre sua trajetória e expectativas para a competição.
Rafael, apesar da pouca idade, tem um currículo invejável nas categorias de base do futebol mundial. Passou por Cruzeiro, Corinthians, Atlético-MG e ficou por um período no Bayern de Munique. O atleta contou um pouco de como foi o contato para jogar no gigante alemão, um dos maiores clubes do mundo.
“Na época que joguei no Corinthians, teve uma final contra o Palmeiras e foi um jogo que atuei muito bem. Fomos campeões da Paulista Cup 2022. A partir daí começaram a me monitorar. Em 2023, fui para o Avaí. Nas minhas redes sociais, sempre publiquei vídeos meus atuando, visando ampliar os cenários para que eu pudesse aparecer e mostrar meu futebol para todo mundo. Estava pelo Instagram e vi um link que o próprio Bayern disponibilizou para enviar um vídeo atuando e foi nessa situação que tudo se oficializou. Eles gostaram, entraram em contato por e-mail e tive informação que estava sendo convocado. Quando estive na Alemanha, treinava no CT dos profissionais ao lado de craques como o Neuer, De Ligt e Davies”.
Rafael Werneck em ação pelo Bayern – Foto: Divulgação/Instagram
Falando sobre seu retorno ao Brasil no Sfera, Werneck falou sobre as expectativas para a Copinha, levando em consideração que a equipe está jogando em casa, na cidade de Salto.
“Eu prefiro jogar sob pressão. É muito melhor jogar com gente assistindo e gritando o tempo inteiro. Nesse último ano o pessoal de Salto foi muito bacana, ajudou demais a gente, principalmente nos últimos jogos. Acompanharam de verdade. Cobrança sempre vai ter. Caso a gente não esteja rendendo o esperado, a torcida está certa em cobrar. Querendo ou não, estamos representando o nome da cidade”.
Por fim, Rafael falou sobre a estrutura do Sfera. O recente clube formador de atletas prega uma visão mais humanizada, visando a formação de cidadãos além do esporte. O defensor contou a visão dele sobre essa abordagem do clube
“O pessoal aqui valoriza muito isso. A gente tem muito trabalho nas cidades. Trabalhos para unir o elenco, fazer ações sociais. O pessoal aqui dá muito valor para esses pequenos detalhes – que não são pequenos -, como escola, tutoria, aulas de inglês. Eu sou fluente em inglês, falo espanhol também. Trabalho de Psicologia sensacional no clube. A gente tem uma autonomia muito grande aqui dentro”.