O técnico Paulo Roberto Santos evitou se apoiar em justificativas após o empate do São José com o São Bento por 1 a 1, neste domingo (23), no Martins Pereira, em São José dos Campos.
A Águia do Vale saiu na frente com um gol de Thiago Rubim no primeiro tempo. No entanto, acabou cedendo o empate na etapa final depois do goleiro Ariel ter defendido um pênalti. Com a chuva e o campo pesado, a equipe teve dificuldades para manter o ritmo.
“O segundo tempo, foi realmente dificultado pelo campo, mas isso acontece para os dois times. Nosso time é um time que, quando tem a bola, gosta de jogar. É um time que tem transição e velocidade. Mas todas as jogadas de transição e velocidade não se concretizavam, principalmente pelo nosso lado direito de ataque, por conta do estado do gramado. Nosso segundo tempo não foi bom. Não vamos justificar nada, mas mesmo sem um bom segundo tempo, tínhamos tudo para sair com os três pontos. Tivemos algumas chances no ataque, bolas no gol deles em que faltou finalização. Mas não podemos ficar apenas buscando desculpas. Nosso segundo tempo deixou a desejar. Agora, é sacudir a poeira, dar a volta por cima e já pensar no próximo jogo. Não há tempo para lamentar”, declarou Paulo Roberto.
Com o resultado, o São José segue na oitava posição com 16 pontos, empatado com outras equipes, mas levando vantagem no saldo de gols. Agora, a equipe terá três jogos restantes na primeira fase, sendo dois em casa e um fora, contra adversários que estão à sua frente na tabela.
Paulo Roberto destacou a importância do aspecto emocional para manter o time focado na reta final da fase classificatória.
“Acho que o emocional do grupo, logicamente, é afetado quando você não vence dentro de casa, principalmente depois de vir de duas vitórias consecutivas fora. O que ocorre? Cria-se uma expectativa positiva em cima do nosso torcedor, que hoje teve um comportamento que temos que elogiar. A equipe saiu de campo, inclusive, aplaudida. Agora, a expectativa que foi criada pelos nossos atletas para essa partida, em relação ao nosso torcedor, à imprensa e ao nosso dirigente, foi altamente positiva a nível de resultado para esse terceiro jogo. Duas vitórias consecutivas fora de casa, obviamente, aumentam a expectativa. Isso foi algo que conversamos com o grupo. Só que, infelizmente, no futebol nem sempre as coisas saem da maneira que a gente quer. Às vezes, você tem um tropeço.”
Na disputa por vaga no G-8, o técnico chamou a atenção para a dificuldade da Série A2.
“Times como São Bento, Rio Claro e outros que estão na luta contra o rebaixamento tornam os jogos ainda mais difíceis porque eles ainda têm objetivos na competição. Estamos jogando contra o lanterna, mas matematicamente ele ainda tem um objetivo.Não é o mesmo que o nosso, que é buscar a classificação, mas eles querem se salvar. E dentro desse objetivo, não significa que são equipes ruins. Se estão nessa situação, aí é um problema deles, não nosso. Esses jogos se tornam mais difíceis porque eles estão jogando o jogo da vida deles. Mas da mesma forma que é o jogo da vida deles, é o da nossa vida também, que é buscar a classificação. Isso tem sido passado para o grupo diariamente. São jogos difíceis. Vamos precisar ter mais atenção e um poder de concentração maior para evitar situações como tomar um gol decisivo nos acréscimos. O emocional precisa ser trabalhado ainda mais para que não paguemos um preço maior lá na frente”, analisou.
O São José volta a campo nesta quarta-feira (26), às 20h, contra o XV de Piracicaba, no Martins Pereira, pela 13ª rodada da Série A2.