Buosi pede ações sobre racismo, após sorteio da Libertadores

Após o sorteio dos grupos da Conmebol Libertadores nesta segunda-feira (17), ficou definido que Palmeiras e Cerro Porteño caíram na mesma chave, o que gerou um momento de tensão entre as duas equipes. O episódio ocorre pouco depois do Cerro Porteño ser envolvido em uma denúncia de racismo contra o atacante Luighi durante a Libertadores Sub-20. A situação gerou uma série de protestos, e o Palmeiras continua cobrando ações mais rigorosas da Conmebol.

O vice-presidente do Palmeiras, Paulo Buosi, se encontrou brevemente com dirigentes do Cerro Porteño, representado pelo diretor Gustavo Samaniego e o vice-presidente Miguel Carrizosa, logo após o sorteio. Durante uma conversa, Buosi foi enfático:

“Não tem resolvido. Não tem resolvido, correto? Têm que ter ações práticas. Não tenho nada contra o Cerro. Nós somos contra o racismo. Só que aconteceu muito com o Cerro Porteño”, disse ele, cobrando medidas mais efetivas da Conmebol no combate ao racismo no futebol.

O momento da conversa foi registrado por reportagens, e os dirigentes se cumprimentaram e se despediram de forma cordial, sem maiores desentendimentos.

Vale destacar que a presidente Leila Pereira não esteve presente no sorteio, em protesto contra as punições consideradas brandas aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño no caso de racismo. O Palmeiras pediu, através de sua denúncia, a aplicação da multa máxima de 400 mil dólares ao clube paraguaio, além de cobertura fechada na Libertadores Sub-20 e a exclusão do time da competição como proteção preventiva.

Agora, com os dois clubes no mesmo grupo da competição, o Palmeiras segue aguardando respostas da Conmebol e reforça seu compromisso em combater o racismo de forma resistente, cobrando medidas concretas para que episódios como o que envolveram o Cerro Porteño não se repitam.