No dia 27 de março de 2011, o ‘goleiro-artilheiro’ marcou um dos grandes gols da história do futebol brasileiro e mundial. Em jogo válido pela 16ª rodada da fase de pontos corridos do Campeonato Paulista, o SPFC bateu o Corinthians por 2 a 1 na Arena Barueri. Dagoberto marcou o outro gol são paulino; Dentinho deixou o do rival.
Até Chilavert (62 gols na carreira), era improvável imaginar um arqueiro que fizesse gols, cobrasse pênaltis e até faltas. Um jogador da posição chegar aos 100 gols? Impossível. Ceni desafiou a lógica do esporte mais praticado do planeta e tem seu lugar no panteão de grandes atletas que tornaram o jogo tão romântico.
O São Paulo vencia o Corinthians por 1 a 0, fato que não se concretizava há 4 anos, até os sete minutos do segundo tempo. Fernandinho recebeu a bola na ponta esquerda e foi para cima da zaga rival, sendo parado apenas com uma falta cometida pelo ex-volante Ralf.
Como de costume, o goleiro atravessou o campo e gerou grande comoção da torcida tricolor, que tinha pleno conhecimento da possibilidade do ídolo marcar o seu centésimo gol naquele dia, visto que o 99º gol havia sido marcado na rodada anterior da competição.
Numa cobrança de falta magistral, encobriu a barreira e acertou o ângulo de Júlio Cesar, que chegou a tocar a bola, mas não pôde evitar o gol lendário. A narração de Kleber Machado, a comemoração junto aos companheiros e a explosão do torcedor que se sucedem são tão icônicos quanto a própria batida, definindo o momento que entrou para as fábulas do esporte.
Rogério Ceni é um dos grandes ídolos da história do São Paulo Futebol Clube, marcado por ser o principal nome de uma das fases mais vitoriosas da instituição, conquistando a Copa Libertadores e o inédito tricampeonato do Brasileirão entre 2005 e 2008, entre muitos outros troféus. Além disso, o camisa 01 soma diversos recordes individuais com a camisa tricolor.
Rogério está mais do que presente no Guinness World Records, tendo várias marcas consideradas inalcançáveis para os padrões do futebol moderno.
Rogério Ceni era reserva de Zetti em 1993, ano de muito sucesso do tricolor comandado por Telê Santana, permanecendo no clube até o fim da temporada de 2015, acumulando grandes conquistas no caminho.