As quartas de final do Campeonato Paulista da Série A4 estão oficialmente desenhadas após o encerramento da fase de classificação neste domingo. Quatro clubes seguem firmes na briga por uma vaga na decisão — e, principalmente, pelo tão desejado acesso à Série A3.
Mas se há clubes sonhando com o topo, também há espaço para pesadelos. E o maior deles atende por um nome conhecido do futebol paulista: o Audax. Vice-campeão estadual em 2016, o clube da Vila Yolanda protagoniza o maior vexame da temporada ao ser rebaixado para a Segunda Divisão.
Com apenas 11 pontos somados em 15 rodadas — duas vitórias, cinco empates, oito gols marcados e quinze sofridos — o Audax terminou a competição em penúltimo lugar, afundando de vez em uma crise que se arrasta há anos.
A história do clube, que começou como Pão de Açúcar em 1985, passou por reformulações em 2011 com a mudança de nome para Audax, e teve novo rumo em 2013 com a compra pelo Grêmio Esportivo Osasco (GEO). Desde então, o projeto que já encantou o país pelo futebol moderno e ousado vem acumulando decepções dentro e fora de campo.
O contraste é ainda mais gritante diante dos quatro semifinalistas da A4: Paulista de Jundiaí, União Barbarense, Nacional da Barra Funda e Araçatuba. Clubes de camisas tradicionais, alguns centenários, que hoje, mesmo com menos recursos, mostram organização, profissionalismo e capacidade de reação.
A derrocada do Audax é simbólica. Prova de que nome e passado recente não sustentam resultados sem gestão séria. O clube, que já disputou final de Paulistão contra o Santos, hoje amarga a desconfiança da torcida e a dura realidade de enfrentar equipes da várzea de igual para igual — ou até em desvantagem.
O futebol pune. E o rebaixamento do Audax é, como dizem, o óbvio ululante: efeito direto de anos de má administração e descaso com a instituição.