O técnico Pedro Caixinha comentou a derrota do Santos por 1 a 0 para o Fluminense neste domingo (13), no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória carioca foi marcado por Samuel Xavier, já nos acréscimos da partida.
Ao avaliar o lance decisivo, Caixinha relacionou o desfecho da partida ao desempenho santista ao longo dos 90 minutos:
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“Eu acho que o gol, na forma como aconteceu, é um bocadinho consequência daquilo que foi toda a história do jogo. Nós tivemos tempo para trabalhar este 11 ao longo da semana. Era aquele em que nós acreditávamos muito em termos da forma de abordar este jogo. Fê-lo muito bem ao longo da semana, inclusivamente naquilo que foi o jogo de preparação”, pontuou.
Ainda sobre a atuação da equipe, o treinador reconheceu a dificuldade do Santos em controlar o jogo e elogiou a superioridade do adversário.
“E hoje aqui, inexplicavelmente, é essa a palavra que eu usaria, não conseguimos pegar no jogo, nem com a bola na primeira parte, nem conseguimos ser agressivos na pressão alta ou numa zona mais adiantada do campo. Isso fez com que o adversário fosse nitidamente superior a nós, fez com que nós estivéssemos remetidos essencialmente a defender em zonas mais baixas”, completou Caixinha.
Na volta do intervalo, Caixinha promoveu alterações. Neymar, Soteldo e Deivid entraram em campo para tentar mudar o panorama da partida. Segundo ele, as mudanças buscavam maior agressividade e posse de bola.
“Ao intervalo entendemos a necessidade de fazer aquelas alterações, precisamente para ter jogadores que se mostrassem mais ao jogo, que tivessem a oportunidade de ter mais a bola. Quisemos arriscar, mas sabíamos que arriscaríamos esse tempo todo com o próprio Neymar e com o próprio Soteldo, em termos daquilo que queríamos, e com o Deivid, a possibilidade de sermos mais agressivos na pressão sobre os gajos e também de ter maior capacidade de atacar as costas. Não tivemos. Em espaços conseguimos ter um pouco mais a bola, quando o Neymar pegou no jogo, quando o Bontempo entrou, a equipe também teve a capacidade de ter um pouco mais de bola, mas nunca tivemos a capacidade de a levar com perigo à última zona. E depois acontece o gol no momento em que toda a gente esperava que o jogo terminasse empatado. Mas, por aquilo que o Fluminense fez no volume total do jogo, eu diria que eles são justos vencedores”.
O treinador também comentou sobre o retorno de Neymar, que voltou a atuar após um longo período de recuperação. Para Caixinha, o camisa 10 demonstrou maturidade.
“A expectativa não entra no vestiário, muito menos ao nível de um jogador como o Neymar, tão experiente e tão conhecedor desta realidade. Apenas e só se trata de um regresso após 12 anos ao Brasil. Mas ele tem um capital de maturidade e de experiência de saber lidar com este tipo de situações. O grupo também tem essa capacidade. A forma como entende a importância que ele tem no grupo — voltou agora a jogar, infelizmente depois de tanto tempo, obviamente ainda está à procura do seu ritmo, tem feito um grande esforço para encontrar o equilíbrio e para encontrar também a capacidade de estar mais preparado — hoje viu-se que é um jogador totalmente diferenciado, mesmo não tendo ainda esse ritmo de jogo, e está com vontade de levar a equipe no caminho que ele muito bem conhece”, falou.
Assim, com apenas um ponto somado em nove disputados, o Santos ocupa a zona de rebaixamento no início do Brasileirão. Pressionado, Caixinha assumiu a responsabilidade e garantiu confiança em sua capacidade de liderar uma reação.
“Em primeiro lugar, assumir todo esse mau início é indiscutível. Os resultados falam por si, e, como muito bem disse, são resultados que marcam a diferença em termos daquilo que é a nossa vida como treinadores. Agora, isso não muda nada em mim. Não muda nada na forma como eu vejo o jogo. Não muda nada na forma como eu me predisponho a trabalhar. Não muda nada em termos daquilo que é a minha crença, em termos da minha capacidade de levar o grupo a fazer aquilo que temos capacidade para fazer. E isso ainda me dá mais força. Eu tenho essa força interior em mim que, nestes momentos, é quando eu ainda dou o mais e o melhor de mim”, admitiu o treinador.
O próximo compromisso do Santos será nesta quarta-feira, às 21h30, contra o Atlético-MG, na Vila Belmiro, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.