O técnico Rafael Guanaes celebrou com emoção a vitória de virada do Mirassol por 2 a 1 sobre o Corinthians, no Estádio José Maria de Campos Maia, na noite deste sábado (10), pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado marca o primeiro triunfo da história do clube do interior paulista sobre o time alvinegro.
Logo no início da coletiva, o treinador fez questão de reconhecer o apoio recebido da torcida e valorizou o significado do momento para o clube.
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“Primeiramente, eu gosto de começar agradecendo. Agradeço não só aos jogadores e à diretoria, mas também ao nosso torcedor, que mais uma vez nos apoiou demais. Mesmo com um primeiro tempo ruim, nosso torcedor continuou acreditando, nos incentivando nos momentos em que atacávamos e nos aproximávamos do gol. Tem sido uma atmosfera muito positiva. Queria enaltecer isso. Agradeço à nossa torcida organizada pelo apoio antes, durante e depois do jogo. Independentemente do resultado, são torcedores de verdade. Fico emocionado e muito grato por esse apoio que eles têm nos dado aqui dentro de casa. Isso faz total diferença, ainda mais contra todos os gigantes que estamos enfrentando. Esse apoio nos empodera para fazer grandes jogos e nos recuperar mesmo de um início ruim”, iniciou.
Mesmo saindo atrás no placar, o Mirassol se reorganizou no segundo tempo e conseguiu a virada com gols de Edson Carioca e Gabriel. Matheus Bianqui ainda marcou o terceiro, mas teve o gol anulado pelo VAR. Apesar da reação, Guanaes reconheceu o mau desempenho da equipe na etapa inicial.
“Hoje é a primeira vez que falo que não tivemos um bom tempo, nosso primeiro tempo realmente não foi bom. Fugimos daquilo que era a nossa proposta estratégica para o jogo. Em nenhum momento queremos ficar apenas esperando o adversário e reagindo. A não ser que o adversário seja muito competente para nos impor isso, como foi o caso após o segundo gol, quando o Corinthians, apesar de não ter criado chances claras, nos obrigou a priorizar a fase defensiva”, admitiu.
Assim, o técnico também valorizou o feito histórico da equipe e o espírito de luta do grupo.
“Nosso time é guerreiro, e é um elogio gostoso de falar para os jogadores, para o clube. É gostoso ouvir que somos uma equipe corajosa, que luta, que busca. Esses foram os aspectos fundamentais dessa vitória. Dou os parabéns a todos. Entramos para a história como a primeira vitória do Mirassol contra o Corinthians. E a gente queria muito viver esse momento. Mais do que os pontos na tabela, é um jogo muito especial para a cidade e para o torcedor. São três pontos, mas com um peso que fica guardado na memória e no coração.”
Ao ser questionado sobre a postura competitiva do Mirassol, Guanaes respondeu com orgulho e reafirmou a identidade da equipe.
“Me perguntaram no último jogo, contra o Atlético, se o Mirassol é o time mais ‘chato’ do campeonato. Esse título, eu aceito. Porque somos um time que conhece suas dificuldades e limitações, e mesmo assim não se entrega. A gente encara os desafios de frente, sabendo do nosso tamanho, com coragem. Acreditamos em nós e superamos adversidades, que são muitas. O campeonato não acabou hoje. Ainda temos muitas dificuldades pela frente, dentro e fora de campo. Mas esse time do segundo tempo representa a cidade, representa o torcedor. Representa a história do Mirassol: um time que tenta jogar, que corre riscos, que enfrenta gigantes”, pontuou o treinador.
Com a vitória, o Mirassol chegou aos 10 pontos e ocupa a décima colocação na tabela. O próximo compromisso será no domingo (18), às 20h, contra o Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Guanaes comentou sobre o processo de crescimento da equipe e mandou um recado sobre o valor do trabalho realizado.
“Estamos construindo. Estamos em evolução. No futebol, às vezes, as pessoas olham para o tamanho da história de um clube em relação a outro. Acho que isso é um pouco de ignorância ou desconhecimento. Pergunta lá para o Dorival, o que eles falaram de nós. Eles não perderam para qualquer time. Perderam para um time que trabalha muito, que corre muito, que tem coragem, alternativas — e, sim, também tem limitações. Obviamente que o Corinthians é o Corinthians. A gente sabe das diferenças entre um time e outro, mas quando entra em campo, são 11 contra 11. Aí conta a tomada de decisão, o quanto de coração está ali dentro. E é isso que tem nos feito superar”, concluiu.