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Dorival admite frustração após Timão cair na Sul-Americana

Por: Pedro César Lélis
4 meses atrás em 28 de maio de 2025
Reprodução Meu Timão


A eliminação precoce do Corinthians na fase de grupos da Copa Sul-Americana gerou reações imediatas no clube. Após perder por 1 a 0 para os reservas do Huracán, nesta terça-feira, na Argentina, o técnico Dorival Júnior admitiu que se frustrou com o desempenho da equipe e afirmou que os jogadores não executaram o plano de jogo como ele havia planejado. Com o resultado e o empate entre América de Cali e Racing-URU, o Timão fechou a fase em terceiro lugar no Grupo C e deixou a competição.



Desempenho abaixo do esperado


A atuação abaixo da média, tanto coletiva quanto individual, gerou críticas e levantou suspeitas sobre uma possível falta de interesse do clube pela Sul-Americana. Dorival rechaçou a ideia:



“Teoricamente colocamos a melhor equipe para jogar a Sul-Americana, então não dá para dizer em desinteresse geral de todos. Ao contrário, nossa preocupação era a nossa passagem nessa fase. O que seria muito importante para nós. Focamos toda atenção possível para essa partida, preparamos nossa equipe para isso. A qualidade da partida hoje foi muito aquém.”



O treinador reforçou que o time havia se preparado logisticamente e taticamente para um cenário diferente:



“Logisticamente, dentro de tudo que preparamos nessa partida, a gente esperava algo diferente do que aconteceu. Temos que assumir o compromisso e uma responsabilidade ainda maior em relação àquilo que foi feito hoje. Tínhamos naturalmente a intenção de buscar o melhor resultado possível diferente da atuação que fizemos. Tomamos de novo um gol na volta do segundo tempo e isso tem penalizado a nossa equipe consideravelmente, tirando pontos importantes e inclusive uma classificação como hoje. Temos que continuar trabalhando, melhorando, crescer, temos essa obrigação com nosso torcedor.”




Análise da partida e substituições


Dorival também respondeu sobre os fatores que influenciaram o desempenho ruim. Para ele, a equipe não conseguiu executar o que foi treinado:



“Nós preparamos a partida da melhor forma possível, podem ter certeza disso. Esperávamos naturalmente um rendimento um pouco diferente. Não é uma desconexão, mas tem momentos que você não consegue traduzir em campo o que prepara. Tivemos um jogo que no retorno do segundo tempo você leva um gol e o adversário se fecha mais, isso dificulta. Tivemos boas situações, porém não fomos efetivos em nenhuma delas, o que nos tirou a possibilidade real de confirmarmos a nossa classificação.”



Sobre a estratégia com cruzamentos e as mudanças no segundo tempo, o técnico foi direto:



“Não (foi um pedido de cruzamentos). Foi apenas uma situação, que foi criada pela equipe. Temos trabalhos de aproximação, um-dois, em razão de ter jogadores técnicos, a gente faz esse tipo de jogada. Proporcionaram uma situação de cruzamentos não aproveitados, mas criamos situações pelo lado de campo, tanto esquerdo quanto direito, mas não tivemos felicidade em transformar em gols.”




“Nós queríamos abrir um pouco mais o time, voltamos para o segundo tempo com essa definição, abrirmos um pouco mais e explorar os lados do campo com Talles e principalmente no lado direito com o Matheus, para buscar passagens. Aconteceram em algumas situações, mas foi uma partida importante dentro do contexto da partidas.”




Olho na temporada


Apesar do baque, o Corinthians ainda tem compromissos importantes pela frente. A equipe volta a campo no domingo, 1º de junho, contra o Vitória, às 18h30, na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro. O clube também segue vivo na Copa do Brasil, onde está nas oitavas de final.




Dorival deixou claro que o elenco precisa reagir:



“O sentimento (de tristeza) é de todos nós que estamos aqui dentro, profissionalmente. É um momento difícil para todo mundo, nos entregamos dentro de campo, mas acabou não acontecendo. Ainda temos Brasileiro e Copa do Brasil e temos que nos voltar totalmente para tentar apagar e deixarmos uma impressão bem diferente do que foram nas duas competições (Copa Libertadores e Sul-Americana).”




“Obrigação é fazer o melhor Campeonato Brasileiro possível e lutar até o fim na Copa do Brasil que será muito importante para o clube.”



Sobre a volta de Garro, o treinador mostrou cautela:



“Garro vinha evoluindo, melhorando, a gente tinha a expectativa de 30 minutos, até por uma conversa com ele. Espero que continue nesse processo de evolução e se reintegre ao grupo.”



Agora, o Corinthians tenta virar a chave para não repetir os erros cometidos nas competições continentais e salvar a temporada com um desempenho mais consistente no cenário nacional.