Auxiliar interino analisou a derrota para o Bahia, falou sobre Neymar, defendeu jovens do elenco e destacou a importância da chegada de Vojvoda
A derrota do Santos para o Bahia, neste domingo, 24, em Salvador, manteve a equipe próxima da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mas não abalou a confiança do auxiliar Matheus Bachi. Responsável por comandar o time de forma interina, ele analisou o desempenho e destacou a entrega dos jogadores. Questionado sobre Neymar, preferiu não se aprofundar no assunto.
Em entrevista coletiva após a partida, Bachi avaliou a postura da equipe diante do Bahia.
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“Acredito que defensivamente a gente fez um bom primeiro tempo e acabou se segurando por momentos, principalmente durante o segundo tempo. Quando a gente foi agredir para retomar a posse de bola, acabamos tomando um gol próximo aos 15 minutos. Depois de uma semana que foi complicada, esses jogadores trabalharam muito bem, tiveram a consciência e a concentração de não sair do jogo, que era o mais importante. Se alguma coisa acontecesse, tínhamos que nos manter no jogo.”
Ele também reconheceu a dificuldade ofensiva.
“Começamos a crescer no próprio primeiro tempo, mas não fomos contundentes o suficiente, não geramos as situações que gostaríamos. Fomos aplicados durante o jogo inteiro, uma equipe que se aplicou, que se doou, que se entregou e buscou até os 48, 49 minutos um resultado, uma condição melhor.”
O auxiliar revelou que o técnico Juan Pablo Vojvoda, recém-anunciado pelo Santos, visitou o vestiário após a partida.
“Foi uma interação muito respeitosa tanto para conosco quanto para com o grupo e muito breve. Posso deixar isso bem claro, mas já se sentindo participante de um todo que está acontecendo e que juntos vamos conseguir sair dessa situação.”
Ao ser questionado sobre Neymar, que ficou fora dos últimos treinos por dores, Bachi foi direto.
“A questão do Neymar é com o departamento médico, não é comigo.”
Bachi explicou que a equipe entrou em campo com uma proposta de jogo baseada em dois volantes.
“A gente trabalhou essa semana com uma estratégia de, quando tivéssemos a posse de bola, afundar e fazer um três um com um dos dois (João Schmidt ou Tomás Rincón). […] No primeiro tempo a gente acionava isso, só que os nossos homens que eram para estar por dentro acabavam vindo buscar bola. É normal numa equipe em retomada de confiança. No segundo tempo conseguimos fazer com que isso acontecesse um pouco mais.”
Ele ainda lamentou a não marcação de um pênalti.
“Tivemos situações próximas à área adversária, inclusive um pênalti, que para mim foi muito parecido da questão do jogo, quando foi mais pênalti, a bola ia sobrar para o Rolheiser sozinho, que podia dar de repente um final diferente para a partida.”
O auxiliar defendeu o zagueiro Luisão e pediu paciência com os garotos.
“Luis é um garoto que vem trabalhando desde o início do ano no clube, vem ganhando um espaço. Ele tem qualidades muito boas, é um jogador que vai entregar muito ainda para a camisa do Santos. Qualquer jogador em algum momento vai sentir, e essa oscilação não pode caracterizar nenhum atleta.”
“Precisamos entender os momentos dos atletas, porque muita gente não viveu essa situação. O erro faz parte do futebol, o problema é como você vai reagir após um erro. A gente vai fazer não só com o Luisão, mas com todos os garotos, procurar fazer com que eles tenham cada vez mais confiança e permitir erros.”
Por fim, Bachi comentou a situação do atacante Guilherme.
“A questão do Guilherme é uma questão da diretoria. Agora, o Vojvoda também pode conversar com o Guilherme. O que acredito é que quanto mais a gente puder ajudar os atletas nesse momento, mais fácil da gente conseguir sair dessa situação. Todos ficamos frustrados, todo mundo queria estar num contexto melhor. Mas, com certeza, se ele tiver o carinho e o apoio, podemos ir mais longe juntos. Isso é melhor para o grupo, para os atletas e para o clube.”