Treinadores avaliam uso do desafio de vídeo na semifinal

Técnicos analisam novo sistema de desafio de vídeo na semifinal da Copa Paulista, destacando pontos positivos e negativos da ferramenta

Por: Lucas Soares
3 dias atrás em 23 de setembro de 2025
Foto: Alex Cardim/ EPTV


O novo sistema de desafio de vídeo, implementado pela FPF, dividiu opiniões entre os técnicos durante a semifinal da Copa Paulista. Roberval Davino, do Comercial, Moisés Egert, do XV de Piracicaba, e Rogério Corea, do Grêmio Prudente, destacaram pontos positivos e negativos da ferramenta.


Roberval ponderou sobre a necessidade de ajustes para que a dinâmica do jogo não seja prejudicada:



 “No primeiro lance foi legal, mas vi consequências de algumas situações que vão querer levar vantagem. No final tivemos a segunda solicitação e o jogo ficou parado quatro minutos. Então tem que ser analisado. Em consequência dessa parada, os acréscimos foram maiores. Tem vantagens e desvantagens, precisa ter um aperfeiçoamento para não se perder tanto tempo ali.”



O treinador ainda comparou o recurso ao VAR:



“Esse equipamento é diferente do VAR. O VAR tem mais subsídios, pega mais ângulos, com mais câmeras. Esse, pelo seu limite, você perde mais tempo. Talvez com o VAR ali, o acréscimo tivesse sido menor. Mas sou a favor de tudo que venha para melhorar. Fico feliz de ter sido o primeiro a pedir, sem usar malandragem.”



Moisés Egert elogiou a ferramenta, mas criticou a aplicação em lances decisivos:



“Não gostei do árbitro, não da ferramenta. Falo do pênalti que ele deu ao Comercial. Em câmera lenta, tudo é pênalti, na velocidade do jogo, não foi pênalti. É interpretativo. Meu atleta dá o bote errado, mas não tem o pontapé, tem um leve contato e ele dobra as pernas, o Marcelinho. Ele não deu, foi revisar e voltou atrás num lance que estava certo.”



Já Rogério Corrêa avaliou que o momento da implementação foi inoportuno, embora reconheça a importância da novidade:



 “Sobre a ferramenta, acho que não era o momento para colocar uma coisa nova. Parabenizo por incentivar, por trazer novidades, nós precisamos disso, e isso vai nos dar mais responsabilidade, tanto para a comissão quanto para os jogadores durante a partida. Mas é uma semifinal de Copa Paulista. Acho que poderíamos ter ajustado ou implementado isso em outro contexto.”



O treinador do Grêmio Prudente ainda ressaltou a necessidade de uso contínuo do recurso:





 “É legal, porque mostra que o árbitro está atento ao jogo e ele foi muito bem. Só acho que deve haver cuidado com o momento da implementação, porque precisamos repetir mais vezes esse recurso, não deixá-lo apenas para jogos decisivos, para que todos possam entender melhor como funciona.”