Novo sistema de revisão na Copa Paulista gera paralisações longas; lances chegaram a interromper jogos por mais de quatro minutos
O novo sistema de “Desafio de Vídeo”, implementado pela Federação Paulista de Futebol na reta final da Copa Paulista 2025, tem chamado a atenção não apenas pelo ineditismo, mas também pelo tempo de paralisação que causa durante as partidas. Diferente do VAR tradicional, em que árbitros de vídeo monitoram todos os lances, no desafio a iniciativa parte dos treinadores, que podem pedir revisão em quatro situações específicas: gols, pênaltis, cartão vermelho direto ou punição aplicada ao jogador errado.
No jogo entre Grêmio Prudente e Primavera, por exemplo, a primeira utilização paralisou o confronto por aproximadamente quatro minutos, sendo que o árbitro permaneceu pouco mais de dois minutos no monitor para analisar o lance.
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Já no duelo entre Comercial e XV de Piracicaba, pela outra semifinal, os pedidos foram ainda mais recorrentes. Aos 32 minutos do primeiro tempo, o lance foi solicitado por Roberval aos 32:17, com revisão iniciada aos 32:31 e encerrada aos 34:16. A cobrança do pênalti só ocorreu aos 35 minutos, totalizando quase três minutos de paralisação.
No segundo tempo, outra solicitação, desta vez feita pelo técnico Moisés ocorreu aos 67 minutos. A revisão começou aos 67:30 e terminou aos 69, com a decisão mantida em campo, cerca de um minuto e meio de paralisação.
Nos acréscimos, aos 95:40, houve nova checagem, a pedido de Roberval Davino. O árbitro iniciou a análise aos 96:50 e concluiu apenas aos 98:14, marcando pênalti, que foi cobrado aos 100:07. No total, a jogada parou a partida por mais de quatro minutos.
Com isso, os primeiros testes do desafio indicam que, embora o sistema tenha potencial para reduzir erros claros, ele ainda traz impactos significativos no tempo de bola rolando e na dinâmica do jogo.