Em entrevista ao quadro Exclusiva TSP, no nosso canal no YouTube, conversamos com Juninho Amstalden, supervisor de futebol da Ferroviária. Ele detalhou a rotina no clube, lembrou sua formação e explicou o salto da AFE para a Série B
Em entrevista ao quadro Exclusiva TSP, no nosso canal no YouTube, conversamos com Juninho Amstalden, supervisor de futebol da Ferroviária. Ele detalhou a rotina no clube, lembrou sua formação e explicou o salto da AFE para a Série B. Além disso, apontou desafios e traçou metas claras para os próximos anos. Uma conversa que flertou com uma aula de gestão no esporte.
Logo no início, Juninho definiu seu papel. Ele atua como elo entre o futebol e os demais departamentos. “É o cara que faz o clube funcionar, né? No dia a dia, nas viagens.” Hoje, porém, o desenho foge do padrão da função em muitos clubes. “Atualmente, eu não estou ligado à parte de logística, né? Como a maioria dos Supervisores estão.” Quem centraliza a logística é o gerente, Giovanni Coutinho. Assim, Juninho se concentra na interlocução com finanças, jurídico, RH e comunicação. “Eu aqui estou para fazer a ponte entre o futebol e os demais setores do clube.”
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Essa presença não o afasta do gramado. Pelo contrário. “Eu estou sempre no campo, sempre no treinamento, sempre em contato com os atletas.” Ele também conversa com representantes, outros clubes, federações e a CBF. “Para justamente, de maneira administrativa, fazer o clube caminhar.” O arranjo ganhou força com a SAF. Segundo ele, a estrutura atual profissionalizou fluxos e responsabilidades. “Aqui no clube, como aqui é uma SAF, a gente tem um pensamento um pouco mais profissional do ecossistema todo.”
Em seguida, Juninho resgatou a própria trajetória. Ele se formou em Educação Física pela UNIMAP e construiu alicerces no XV de Piracicaba. “Me formei em 2018 e já, cara, joguei no 15, já joguei por um bom tempo no 15.” O período na base rendeu aprendizado amplo, entre preparação física e funções de apoio. “Tu pega uma bagagem enorme, tu consegue se vincular um pouco a cada área.” Com o tempo, ele migrou do campo para a gestão. “Eu comecei a enxergar que talvez eu pudesse somar mais em cargos gerenciais.”
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Ao falar da Série B, a análise foi direta. O salto exigiu preparação total. “O clube veio de dois acessos seguidos, né, lá em 23 subiu da B para a C, em 24 da C para a B.” A nova divisão impõe outro patamar de exigência. “A B, cara, a B é uma competição de alto nível, né, de altíssimo nível.” Ele citou adversários de massa, folhas próximas à Série A e estádios cheios. “Contra o Remo 30 mil pessoas, né.” Diante disso, a AFE replanejou processos, calendário e intensidade. “Entender que são 38 rodáveis, o que muda tudo, muda a logística, muda a tua preparação, o teu planejamento.”
Apesar da pressão, a engrenagem respondeu. “A Ferroviária hoje conta com um corpo de profissionais extremamente qualificados em todos os setores do futebol em si.” Por isso, a transição fluiu. “Então, a gente se preparou muito bem para encarar essa Série B.” O retorno à divisão, após décadas, animou clube e cidade. “Nós estamos de volta à Série B depois de 31 anos, se não me engano.”
Juninho não escondeu os gargalos. O CT próprio ainda está em construção. “Nós não temos CT ainda, mas ele está em construção.” A logística aérea também pesa. “A gente tem que estar sempre se deslocando para Campinas ou para São Paulo para poder fazer as viagens.” Mesmo assim, a direção oferece respaldo. “Os donos do clube também, é importante salientar, eles nos deram, nos dão todo o respaldo possível.” Com planejamento, o grupo encara um torneio nivelado e competitivo.
Por fim, ele fixou metas objetivas. A curto prazo, manter a AFE na Série B e buscar o acesso estadual. “Cara, acho que com a Ferroviária, a curto prazo, é se manter na Série B esse ano.” Em paralelo, o clube mira a elite paulista. “A Ferroviária é um clube de Série A1, a gente precisa desse acesso.” O horizonte, portanto, combina prudência e ambição. “Então no curto prazo, é a Ferroviária na Série B e na Série A1, no segundo semestre de 2026.” Depois disso, a AFE quer mirar voos mais altos. “A gente conseguindo aí, esse acesso, essa permanência, eu acho que a gente consegue depois, com mais calma, pensar em voos maiores.”
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