Presidente detalha plano de profissionalização, aposta na base e em instrumentos financeiros para equilibrar o clube
Arquivo pessoal / Julio CasaresJulio Casares assumiu a presidência do São Paulo em 2021 e, desde então, busca profissionalizar a gestão do clube. Porém, ele ainda mantém conselheiros em posições estratégicas no futebol, como Carlos Belmonte, e afirma que não vai dispensá-lo.
“Se o clube conquistou três títulos chegando em cinco finais em cinco anos, tem mérito. Mas, te garanto que a tendência hoje é o São Paulo tomar decisões 100% planejadas. Sou presidente, vou sair do São Paulo, mas eu vou prosseguir com minha missão na livre iniciativa privada. Amanhã posso fazer parte do conselho consultivo. E não vou abrir mão do colaborador que tem história no clube”, disse Casares em entrevista à NSports.
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Na última segunda-feira, antes da partida contra o Ceará, Casares, Carlos Belmonte, Rui Costa e os diretores adjuntos Fernando Chapecó e Nelson Ferreira foram alvo de protestos da Torcida Independente, principal organizada do clube. Apesar disso, o presidente demonstrou confiança na equipe de gestão:
“O diretor institucional é um facilitador, não é um cara que vai interferir de forma amadora. No São Paulo não há o hábito de que quando ganha está tudo certo e quando perde está tudo errado. Tudo é sinal. Estamos no caminho, mas precisamos muito do conselho de administração, que tem indicação de conselheiros, mas tem três membros independentes que vieram do mercado: Ricardo Lacerda, banqueiro, Luiz Lara, grande homem de marketing, e o outro é o nosso Marcelo D’Arienzo, que vem do Grupo Península com muita experiencia em gestão. Essas mentes arejadas juntamente com os colaboradores institucionais nos ajudam muito”, prosseguiu Julio Casares.
Casares destacou que, além dos resultados esportivos, a prioridade atual é estruturar financeiramente o clube e investir na base.
“O clube conseguiu de forma competitiva se reconectar com sua torcida ao vencer o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil, que era o único campeonato que ainda não tinha, ganhou a Supercopa e chegou em duas finais em 2022: Paulista e Sul-Americana. Esse legado esportivo existe. Claro que o torcedor quer seguir ganhando, também queremos, mas agora nossa prioridade são dois pilares: a equação de uma organização financeira para que ela fique em queda com garantias de contratos e recebíveis e uma ação estratégica na base, que é o futuro de qualquer clube de futebol”, afirmou.
Para viabilizar essa estratégia, o São Paulo aposta em instrumentos financeiros. Um deles é o FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), voltado para reestruturação econômica do clube. Outro é o FIP (Fundo de Investimento em Participações), direcionado à base, que deve levantar R$ 250 milhões e fornecer recursos para quitar dívidas e aprimorar a formação de atletas em Cotia.