Novo balancete mostra rombo crescente e revisão de metas após déficit acumulado em 2025
O Corinthians divulgou seu balancete financeiro referente a julho e acendeu o alerta entre conselheiros e torcedores. O documento aponta que a dívida total do clube atingiu R$ 2,7 bilhões, um crescimento em relação ao fechamento de 2024, quando o valor era de R$ 2,56 bilhões.
Do montante atual, R$ 655 milhões estão ligados ao financiamento da Neo Química Arena, enquanto o restante inclui impostos, empréstimos bancários, pendências com outros clubes e direitos de imagem de atletas.
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A situação financeira se agravou ao longo do ano. Apenas em 2025, o Timão acumula um déficit de R$ 103 milhões, influenciado pela alta da taxa Selic e pelo peso dos juros de dívidas antigas. Só com encargos financeiros, o clube já desembolsou mais de R$ 120 milhões até julho.
Com esse cenário, a diretoria trabalha agora com uma previsão revisada de déficit de R$ 83 milhões para o fechamento do exercício. O número representa uma guinada em relação ao otimismo inicial do ex-presidente Augusto Melo, que havia projetado superávit de R$ 34 milhões, uma diferença superior a R$ 110 milhões.
Os resultados por departamento mostram contrastes. O futebol é o único setor com superávit, de R$ 13 milhões, impulsionado principalmente pelas vendas de jogadores. No entanto, o resultado operacional, sem considerar transferências e receitas extraordinárias, segue negativo em cerca de R$ 37 milhões.
Já o clube social continua sendo um dos principais problemas orçamentários do Corinthians. Até julho, o setor acumulava déficit de R$ 116 milhões, ampliando o peso das despesas administrativas no resultado global.
A nova diretoria ainda tenta conter a escalada das dívidas e aposta em eventuais premiações esportivas para amenizar o impacto no fim do ano. Mesmo assim, o cenário indica que o Corinthians deve encerrar 2025 mais próximo dos R$ 3 bilhões em débitos, caso não haja cortes de gastos ou novas receitas substanciais.