Lucas Silvestre avalia desempenho do time e explica limitações físicas e táticas após derrota por 3 a 1 na Vila Belmiro
O Corinthians saiu da Vila Belmiro derrotado pelo Santos por 3 a 1, nesta quarta-feira, 15, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. O auxiliar Lucas Silvestre, que substituiu o técnico Dorival Júnior, suspenso, lamentou a atuação do time, especialmente no primeiro tempo, e destacou que a equipe não conseguiu impor intensidade durante o clássico. Thiago Maia marcou para o Santos, enquanto Raniele descontou para o Timão.
A derrota mantém o Corinthians com 33 pontos, na 12ª colocação, mas o time ainda corre risco de ser ultrapassado na tabela e ficar fora da zona de classificação para a Copa Sul-Americana de 2026.
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Lucas Silvestre admitiu que a postura do time ficou abaixo do esperado:
“Nossa postura desde o princípio do jogo, principalmente no primeiro tempo, foi muito abaixo do que a gente vem produzindo, de como estamos atuando. O resultado passa menos pela postura tática do jogo, passa pela energia, disposição, pontos em que deixamos a desejar. É dolorido o momento, mas temos que entender e conviver com o que aconteceu.”
Ele ressaltou que a preparação foi realizada conforme planejado, mas não teve efeito em campo:
“A preparação para o jogo foi feita, por isso dói ainda mais explicar. A preparação foi toda realizada como tinha que ser. Os jogadores foram alertados para o que o Santos levaria, para um jogo de duelo, de entrega, de energia. Mostramos para eles os dados que o primeiro tempo do Santos é de pressão intensa, que a gente teria pouco tempo e espaço.”
Lucas explicou que a participação limitada de Rodrigo Garro e Memphis Depay, ambos entrando no segundo tempo, dificultou a reação do Corinthians:
“O Garro vem de um tempo parado, foi acordado juntamente com o atleta, fisiologia, departamento médico e físico que ele estaria disponível por 25 ou 30 minutos. A mesma coisa do Memphis, que conversou com todas essas áreas, foi decidido em função do que aconteceu na Data Fifa anterior que o Memphis teria 25 ou 30 minutos de jogo. Temos que pensar na sequência, para que eles tenham uma sequência maior, pensar em recuperação, lesão.”
Sobre Gui Negão, Lucas comentou:
“O Gui não fez um bom primeiro tempo, a alteração foi técnica. E taticamente a gente precisava de um homem mais de flutuação, o Kayke poderia nos dar isso, ora pelo lado, ora por dentro. Infelizmente, não saiu da maneira que a gente planejou o jogo. A gente confia muito nele. Colocamos o Gui para jogar sem nenhuma dúvida, o professor (Dorival) desde o início apostou no Gui e nos meninos. Nosso banco hoje era praticamente sub-20. André entrou bem no jogo, Kayke entrou bem no jogo. Dentre tudo de ruim que aconteceu hoje, também é importante valorizar o que deu certo.”
Sobre as dificuldades na saída de bola:
“Valorizar e parabenizar o adversário, que fez um grande jogo. Tecnicamente a gente não foi assertivo como nos últimos jogos, isso dificultou nossa saída, a gente não conseguia encontrar os homens livres. A pressão que o Santos exerceu dificultou para a gente, foi nos tirando do jogo com o passar do tempo. Infelizmente, a gente não conseguiu encontrar os espaços que o jogo vinha desenhando. Quando a energia tá baixa e você não tá assertivo, tem difivuldade para construir e encontrar as melhores opções. Dificultou também o posicionamento dos nossos homens de frente, em cima da última linha, nao so Gui e Yuri, também o Breno, isso dificultou a construção. Tentamos acertar no segundo tempo, mas logo toma o gol, que acaba condicionando.”
Questionado sobre a demora para realizar alterações:
“Essa pergunta é importane porque no banco a gente tinha um elenco jovem e quem eu tinha de mais experiente eu não podia usar por um longo período. A ideia era se organizar com os atletas que estavam em campo. E, se não tivesse resposta, colocar os meninos no segundo tempo. É difícil colocar toda a responsabilidade nos meninos que estão subindo agora, como Dieguinho, André… A ideia era se reorganizar com o time que estava em campo. Tentamos adiantar o Hugo para a linha da frente, fazendo duas linhas de quatro. O Igor Vinicius vinha baixando muito e causando dificuldades para nós. Optamos por adiantar o Hugo e tentar pressiona-los de uma maneira melhor, mas esbarramos na energia e acabou nos dificultando o jogo.”
Sobre possíveis sanções a Martínez:
“A partir de amanhã vamos entender, Martínez chegou hoje, vamos conversar com ele, entender o que aconteceu, para depois definir qualquer situação.”
Lucas comentou sobre os gols sofridos e dificuldades defensivas:
“Defesa que não tomou gols contra o Mirassol, tomou gol do Inter da maneira como aconteceu. Acredito que o jogo contra o Flamengo, os primeiros 50 ou 60 minutos foram bons defensivamente falando, não deixamos o adversário criar. Hoje foi um jogo atípico, a gente deixou muito a desejar, mas não posso responsabilizar somente a última linha. Todo o nosso sistema defensivo atuou da maneira como deveríamos ter atuado. A nossa taxa de duelos ganhos foi baixa. Quando você tem essa taxa baixa em um clássico, você acaba oferecendo o jogo ao seu adversário.”
Questionado sobre a baixa energia em campo:
“Você tocou num ponto fundamental no jogo de hoje. O Santos encarou como uma final, e foi como preparamos a equipe, para jogar uma final, essa era a ideia do jogo. Não consigo te responder dessa maneira porque vínhamos de grande jogos fora de casa, vencemos Fluminense, Vasco, Ceará. Não consigo entender dessa forma. Após alguns momentos bons, a gente acaba não entrando no jogo da maneira que deveria ter entrado, aí entra no ponto do Juventude, Sport, São Paulo. É muito mais entender no por que dessa ‘barrigada’ para baixo. A gente precisa trazer essa constância maior para dar essa confiança ao torcedor, que espera uma sequência de vitórias.”
O Corinthians volta a campo no sábado, às 18h30, na Neo Química Arena, diante do Atlético-MG, com o retorno de Dorival Júnior ao comando da equipe.