Marcelo Teixeira afirma que o grupo tem qualidade acima da atual posição na tabela e revela que o planejamento para 2026 já começou
Marcelo Teixeira, presidente do Santos - Foto: Raul Baretta / Santos FCO presidente Marcelo Teixeira concedeu entrevista nesta terça-feira, 21, e fez uma análise franca sobre o momento do Santos no Campeonato Brasileiro. Mesmo com a equipe próxima da zona de rebaixamento após a derrota para o Vitória, o dirigente disse acreditar na força do elenco e afirmou que o clube já trabalha no planejamento da próxima temporada.
Segundo Teixeira, a posição atual do Peixe não reflete o potencial do grupo.
“Se você avaliar o plantel do Santos individualmente, é excelente. Um plantel que não condiz com a classificação que está”, afirmou.
O presidente reconheceu que as constantes trocas de comando em 2024 afetaram a estabilidade da equipe. O clube já passou por Pedro Caixinha, Cleber Xavier e agora está sob o comando de Juan Pablo Vojvoda.
“Tivemos problemas na formação da comissão técnica. Trouxemos o Pedro Caixinha, era quase uma unanimidade. Pensamos em um trabalho de dois anos, mas ele não foi tão bem. Percebemos a necessidade de mudança”, explicou.
Teixeira também relembrou o cenário do ano anterior, quando optou por manter Fábio Carille mesmo sob pressão, o que resultou no retorno à Série A.
“No caso do Carille, sustentamos o trabalho e atingimos o objetivo. Com o Pedro Caixinha foi diferente. Agora estamos com o Vojvoda. Não podemos fazer tantas exigências, mas ele já apresenta resultados”, avaliou.
Com o técnico argentino, o Santos soma duas vitórias, quatro empates e duas derrotas em oito partidas. “Já estaríamos planejando algo melhor se tivéssemos vencido o Vitória. Mesmo assim, o planejamento para 2026 já começou, de forma diferente, pensando na comissão e no elenco que temos”, completou o presidente.
Após o tropeço na Vila Belmiro, o Santos viu o Vitória igualar a pontuação e só ficar atrás nos critérios de desempate. Apesar do momento delicado, Marcelo Teixeira garantiu confiança no trabalho e descartou qualquer sinal de desespero.
“O comandante do clube tem que mostrar firmeza dos propósitos e os caminhos que estão sendo trabalhados. Estou convicto do que está sendo feito”, afirmou.
O dirigente destacou ainda o contraste entre o desempenho do time em diferentes rodadas, citando a oscilação como parte natural do campeonato.
“O Santos vive um momento atípico, diferente da sua história, mas vamos chegar ao nosso objetivo. Isso requer tempo. Estou no clube há um ano e dez meses. Cumprimos o principal objetivo, que era sair da Série B, e agora iniciamos uma reestruturação que não é fácil”, concluiu.