Mesmo sendo artilheiro da equipe, atacante enfrenta vaias e críticas após derrota para o Vitória
Foto: Raul Baretta/ Santos FCA sequência ruim do Santos no Brasileirão trouxe de volta a pressão sobre o atacante Guilherme, que se tornou o principal alvo das vaias na Vila Belmiro. O camisa 11, que perdeu uma grande chance de gol na derrota para o Vitória, foi duramente criticado pelos torcedores após a partida.
Mesmo liderando a artilharia do time com 15 gols na temporada, Guilherme nunca conseguiu conquistar de vez a torcida. Desde que chegou ao clube, o jogador é visto internamente como peça essencial, mas segue em meio a uma relação de desconfiança com as arquibancadas.
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O curioso é que a insatisfação não tem relação com sua conduta fora de campo. O atacante é descrito como um profissional exemplar — pontual, disciplinado e distante de polêmicas. Mantém uma rotina tranquila com a família, é religioso e não costuma frequentar festas. Dentro das quatro linhas, porém, seus erros têm pesado mais do que os acertos aos olhos do torcedor.
Pessoas ligadas à diretoria e à comissão técnica admitem que Guilherme acabou se tornando o “bode expiatório” do momento difícil da equipe. “Pegaram ele para Cristo”, reconhece um membro dos bastidores.
Desde o ano passado, o atacante é titular absoluto, passando ileso por diferentes técnicos — de Fábio Carille a Juan Pablo Vojvoda. A confiança é tanta que ele chegou a ser capitão na ausência de Neymar e já recusou propostas de outros clubes, incluindo o Atlético-MG.
Mesmo assim, as críticas voltaram com força após o revés diante do Vitória. Questionado sobre o episódio, o técnico Vojvoda saiu em defesa do jogador:
— O torcedor é passional, e isso faz parte. Guilherme errou porque estava em campo, e quem joga pode acertar ou errar. Eu confio nele — afirmou o treinador.
Com contrato válido até o fim de 2026, Guilherme segue com prestígio interno, mas em rota de colisão com parte da torcida. No atual cenário, o Santos não cogita negociá-lo — até porque, como dizem nos bastidores da Vila, “ruim com ele, pior sem ele”.