AFE precisa de ajustes, mas foco é o principal ponto para seguir na Série B

Em reta final da Série B, a Ferroviária tem como objetivo principal garantir sua permanência na divisão. No início, sob o comando de Vinícius Bergantin, o clube viveu fase crítica da temporada e chegou a entrar na zona de rebaixamento, o que acendeu o sinal de alerta.

A campanha começou com oscilação: em determinado momento, a Ferroviária ocupava a 17ª posição e convivia com erros técnicos e falhas na marcação — fatores que contribuíram para o risco real de queda. Devido as dificuldades e queda de rendimento, o clube optou pela troca, e Claudinei Oliveira foi o contratado, com a missão de estabilizar o desempenho da equipe.

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A alteração no comando técnico visou justamente recuperar o padrão de jogo e reforçar a confiança do elenco. A partir da chegada de Claudinei Oliveira, o foco mudou para reparação rápida e criação de uma base mais sólida para enfrentar as rodadas finais.

Em termos de desempenho, a Locomotiva mostrou capacidade de reação. Pontos positivos foram contabilizados, mas as fragilidades também ficaram evidentes — sobretudo nas partidas em casa, onde o time vive a sua pior sequência em décadas: sete jogos consecutivos sem vitória na Fonte Luminosa, algo jamais visto no século XXI no clube. Esse contexto faz com que a permanência ainda dependa de boa performance nesta reta final.

Com quatro rodadas restantes e a zona de rebaixamento ainda ali perto, o clube sabe que não haverá margem para escolha: cada confronto vale quase o dobro. A tendência é que a Ferroviária opte por um futebol pragmático, evitando riscos desnecessários e apostando na solidez defensiva como alicerce para somar pontos com consistência.

Atualmente, a Ferrinha está na 15ª colocação, com 39 pontos, há quatro de distância do primeiro colocado do Z-4, o Botafogo-SP. Além das próprias dificuldades da equipe, os quatro confrontos também são complicados. Sendo dois deles com equipes que estão brigando para subir.

O próximo duelo a Locomotiva tem pela frente o Criciúma. A equipe ocupa a 6ª colocação, mas com a disputa acirrada no G-4, o clube está na briga pelo acesso à Série A. O jogo será em casa, na Fonte Luminosa, local onde a AFE tem tido dificuldades. Depois, o time de Araraquara encara o Athetic (fora), o Athletico-PR (casa) e na última rodada o Operário (fora).

Em resumo: o clube que subiu à Série B com boas expectativas agora encara a parte decisiva da temporada com foco total na permanência. Os erros do passado servem como alerta, a troca de comando técnico, visto internamente como ajuste necessário, e os jogos restantes, como oportunidade de demonstrar que o patamar de elite da Série B pode ser mantido — e não apenas alcançado.