Ponte busca recursos para quitar parcelas e equilibrar as contas

Clube tenta regularizar pagamentos trabalhistas até novembro para não perder benefício judicial e comprometer o planejamento de 2026.

Por: Lucas Soares
1 dia atrás em 1 de novembro de 2025
Foto: Marcos Ribolli/Ponte Press



Antes de encerrar oficialmente a temporada, a Ponte Preta enfrenta uma corrida administrativa e financeira para evitar complicações que possam comprometer o planejamento de 2026. A diretoria busca recursos para regularizar o Plano Especial de Pagamento Trabalhista (PEPT), mecanismo que permite ao clube parcelar dívidas trabalhistas e impedir bloqueios mais severos.







Segundo informações do departamento jurídico, duas mensalidades do plano deixaram de ser pagas devido a bloqueios judiciais solicitados por um grupo de 28 credores na área cível. A advogada Talita Garcez, integrante do jurídico alvinegro, informou que há um agravo pendente de julgamento na Justiça Cível que pode liberar os valores necessários. O prazo final para a quitação das parcelas é a segunda quinzena de novembro, sob pena de o clube perder o benefício do PEPT e ser obrigado a pagar, de uma só vez, todo o montante devido.





A Ponte, no entanto, considera que o plano ainda está ativo e que as pendências poderão ser regularizadas, o que incluiria a ação do zagueiro Wanderson no mecanismo de parcelamento, por exemplo.





Além de Wanderson, o volante Jhonny Lucas também acionou o clube, exigindo R$ 828 mil, valor que inclui salários atrasados, verbas rescisórias e multa do FGTS. Outro caso é o do atacante Jean Dias, que retomou sua ação trabalhista pedindo R$ 795 mil referentes a salários, direitos de imagem, férias e outros encargos.





Essas novas ações elevam a pressão sobre a diretoria, que tenta equilibrar o caixa para evitar sanções judiciais e garantir a continuidade do planejamento esportivo.





Na próxima temporada, a Macaca disputará Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Série B do Brasileiro. Como campeã da Série C, a equipe entrará diretamente na terceira fase da Copa do Brasil, com cota de R$ 2,3 milhões, um alívio financeiro importante em meio a tantas pendências.