Clube tenta quitar pendências milionárias com o atacante e busca fôlego financeiro com verba da Liga Forte União
Foto: Vilmar Bannach/Gazeta PressA situação financeira do Corinthians voltou ao centro das atenções após vir à tona a dívida acumulada com o atacante Memphis Depay. O imbróglio, que ganhou destaque internacional, escancara a dificuldade do clube em administrar contratos de alto custo em meio à crise econômica.
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Durante reunião recente do Conselho de Orientação, o presidente Osmar Stábile revelou ter determinado a saída do jogador do hotel onde estava hospedado, no centro de São Paulo. O local, um dos mais luxuosos da cidade, custava cerca de R$ 250 mil mensais. A cobertura ocupava mais de mil metros quadrados e incluía piscina privativa, serviço de mordomo 24 horas e refeições all-inclusive, estrutura digna de um resort.
A despesa total, entre dezembro e fevereiro, somaria R$ 3 milhões. Para amenizar o impacto, a diretoria planeja quitar a pendência até março, utilizando recursos da primeira parcela da Liga Forte União.
Memphis chegou ao Parque São Jorge em setembro de 2024, ainda sob o comando de Augusto Melo. A negociação envolveu o diretor financeiro Pedro Silveira, o diretor jurídico Vinicius Cascone e o executivo Fabinho Soldado, que chegou a viajar à Holanda para concluir o contrato. A aposta era transformar o atacante em símbolo de marketing e reforço técnico, mas os custos rapidamente se tornaram insustentáveis.
O caso não ficou restrito ao noticiário esportivo nacional. O jornal espanhol As publicou reportagem detalhando a dívida com o atleta, estimada em cerca de R$ 23 milhões, entre bônus e metas contratuais. A matéria classificou o acordo como “fora da realidade” e destacou que o Corinthians precisou renegociar parte do compromisso para evitar sanções futuras.
Nos bastidores, o atual presidente tenta reorganizar as contas e reduzir o passivo herdado. O episódio evidencia a urgência de medidas mais rígidas de controle financeiro e reacende o debate sobre a responsabilidade de gestões anteriores. Enquanto busca liquidez imediata com a LFU, o clube encara o desafio de equilibrar suas finanças sem comprometer o desempenho dentro de campo.