Peixe aumenta o valor do “bicho” em tentativa de motivar o elenco antes do clássico decisivo contra o Palmeiras
Foto: Raul Baretta/ Santos FCÀ beira de um segundo rebaixamento em menos de três anos, o Santos intensificou as tentativas de mobilizar o elenco no Brasileirão Betano 2025. Entre as medidas adotadas, a diretoria decidiu reforçar o tradicional “bicho”, ampliando o valor dos prêmios oferecidos em caso de vitória — e, mais recentemente, até por empate.
A estratégia começou nas partidas contra Vitória e Fortaleza, ambas na Vila Belmiro. Os dirigentes aprovaram premiações mais altas para estimular o grupo em confrontos diretos, mas o resultado ficou aquém do esperado: derrota para o Vitória e empate com o Fortaleza, deixando o time em situação ainda mais delicada na tabela.
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Com a corda no pescoço, o clube subiu novamente a oferta na rodada seguinte, diante do Flamengo. Nem assim houve reação. A derrota trouxe frustração e a sensação de que a equipe não consegue transformar o incentivo financeiro em desempenho dentro de campo.
Nos corredores do CT Rei Pelé, a sensação é de que o Santos já se aproxima da última cartada. Para o clássico contra o Palmeiras, a diretoria autorizou o maior prêmio dos últimos anos, incluindo comissão técnica no bolo. Internamente, fala-se em cifras capazes de ultrapassar a casa do milhão quando somados bônus e metas. A ideia é criar um impacto emocional imediato e tentar extrair alguma resposta do elenco.
A pressão aumentou, sobretudo após mais uma semana tensa de treinamentos. Jogadores experientes, como João Paulo e Gil, assumiram a linha de frente das conversas, tentando blindar o elenco e evitar que a ansiedade paralise o time. O discurso é de união, entrega total e respeito à camisa que já viveu situação semelhante em 2023 — e quase não sobreviveu.
A comissão técnica também mudou o tom. O recado é que o Santos precisa entrar no clássico impondo intensidade desde o primeiro minuto, encarando o Palmeiras como adversário direto na luta pela permanência, ainda que a distância na tabela conte outra história. A ordem é competir como se fosse uma final.
Caso o objetivo seja alcançado e o Peixe permaneça na elite, a cúpula prepara ainda um “bônus de salvação”, valor extra que seria distribuído entre jogadores e profissionais do departamento de futebol. Mesmo em meio a dificuldades financeiras, o clube vê o investimento como menor do que o prejuízo esportivo e institucional de uma nova queda.
O duelo contra o Palmeiras, portanto, vale muito mais do que três pontos. Para o Santos, é o jogo que pode decretar a sobrevivência — ou aprofundar um pesadelo que já assombra a Vila Belmiro há anos.