Ele relembrou o rebaixamento com o Guarani na Série B e a decisão de retornar ao São Bernardo em 2025,
Foto: Raphael Silvestre/Guarani FCNo Exclusiva TSP, Matheus Salustiano revisitou um dos capítulos mais difíceis da carreira. Ele relembrou o rebaixamento com o Guarani na Série B e a decisão de retornar ao São Bernardo em 2025, mesmo ciente dos riscos que isso poderia trazer para sua trajetória.
Com 32 anos, o zagueiro não fugiu do tema. Ele detalhou como o rebaixamento impacta a vida de um jogador:
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“Cara, acho que sim, porque rebaixamento é ruim para o atleta, é ruim para o clube e pior ainda para o atleta. O clube consegue se reerguer, às vezes o atleta não consegue firmar um contrato melhor no próximo ano.”
Em seguida, Salustiano explicou que recebeu propostas para continuar na Série B após deixar o Brinco de Ouro. Ainda assim, a ligação com o São Bernardo falou mais alto:
“Quando eu saio do Guarani, eu já tinha umas propostas de Série B, mas a minha identificação com o clube me fez aceitar a proposta de retorno.”

A escolha, porém, veio com um risco claro e bem calculado:
“Eu sabia que correria um risco, porque eu acabei de vir de um rebaixamento e se a gente não consegue o acesso, seria pior ainda. Então, poderia atrapalhar um pouco a questão da sequência da minha carreira.”
Ao falar do período no Bugre, o defensor deixou claro que o cenário já era muito delicado quando chegou ao clube campineiro:
“Diferente de quando eu cheguei no Guarani, o clube tinha sete pontos em 15 rodadas da Série B. Sabia que era muito impossível a gente conseguir livrar, a gente tinha que fazer campanha de time que ia subir no returno e a gente sabe que a Série B é um campeonato extremamente difícil, você oscila, fica cinco jogos sem ganhar, aí você ganha cinco, aí você fica três sem ganhar. É um campeonato de 38 rodadas que todos os times oscilam. Então, acho que o principal objetivo do nosso descenso ali no Guarani foi o nosso primeiro turno, que foi muito ruim. O segundo turno a gente fez até um segundo turno bom, mas a pouca pontuação também acho que ajudou nesse quesito, esse rebaixamento já no primeiro turno.”
Ao aceitar o retorno ao São Bernardo em 2025, Salustiano sabia que encararia uma espécie de “prova de fogo”. A missão era transformar a frustração da queda em uma temporada de afirmação com o clube onde ele já havia vivido um acesso.
“Então, foi um risco muito calculado, mas tinha tudo para dar certo e deu certo. A gente vem em um ano muito bom para o São Bernardo, a gente tem a melhor campanha da história do clube em campeonato paulista, a gente consegue o acesso para a Série B, que era o principal objetivo da temporada, a gente conseguiu entregar.”
Mesmo sem o título, o grupo atingiu o objetivo traçado desde o início. Salustiano fez questão de reforçar isso:
“Nós queríamos o título, tudo, chegar na final, mas não conseguimos, mas o principal objetivo era o acesso. Então, a gente conseguiu entregar o acesso para o clube, para a torcida, as pessoas que torcem por nós. Foi difícil, foi sofrido, mas nós conseguimos.”
Além disso, o zagueiro ressaltou que a confiança no projeto e na forma de trabalho do São Bernardo pesou muito na volta:
“Foi um risco que tinha tudo para dar certo e pouca chance de dar errado, porque conhecer o clube, a forma que eles trabalham, a forma que eles contratam, os grupos que montam, eu sabia que a gente ia ter um time muito forte.”

Depois do descenso com o Guarani, o acesso com o São Bernardo ganhou contornos de volta por cima pessoal. O defensor transformou um contexto adverso em combustível para seguir em alto nível, agora em um clube onde já se sente em casa.
Assim, Salustiano ajudou a escrever um capítulo inédito da história do Tigre: a primeira participação do São Bernardo na Série B do Brasileirão.