Alessander De Martin assume o clube destacando crise financeira, disputa jurídica e fim do contato com a Trexx
Foto: Divulgação/Botafogo-SPA posse de Alessander De Martin como presidente do Botafogo-SP marcou o início de uma gestão que, segundo ele próprio, será guiada por dois focos urgentes: reorganizar as finanças e enfrentar um complexo cenário jurídico herdado dos últimos anos.
Em sua entrevista inicial, concedida à rádio CBN Ribeirão, De Martin não escondeu o tamanho dos obstáculos que tem pela frente ao assumir um clube tradicional e, ao mesmo tempo, pressionado por dificuldades estruturais.
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– Os desafios são diversos, a gente sabe que fazer a gestão de um clube centenário como o Botafogo não é fácil, ainda mais na situação que se encontra – afirmou o novo presidente.
De acordo com De Martin, o principal problema está na área financeira. Ele destacou que o clube sente a falta dos repasses previstos no acordo com a S/A.
– Primeiro tem o desafio financeiro, a associação vem sofrendo financeiramente pela falta de dinheiro, falta de repasses dos 20% que a S/A teria que repassar para a associação.
Além disso, o novo mandatário já deixou claro que a equipe jurídica terá papel decisivo no futuro próximo, especialmente por conta da disputa em andamento na Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
– O outro desafio é jurídico, que é muito importante, é a questão Brasil Canadá.
De Martin também detalhou a atual relação com a Trexx e seu representante, Adalberto Baptista, acionista minoritário da Botafogo S/A. Segundo o presidente, a convivência que antes era mais próxima hoje se limita ao necessário.
– Em princípio tinha um diálogo, mas por vários motivos a relação pessoal se distanciou um pouco e hoje a relação é meramente institucional. O Adalberto tem que defender os interesses da empresa que ele representa, a Trexx, e eu hoje representando o Botafogo FC, o acionista majoritário.
O dirigente afirmou ainda que não há mais qualquer espaço para tratativas diretas, já que o clube optou por levar a disputa à esfera jurídica.
– Já foi decidido no Conselho Deliberativo que as tratativas de diálogo se esgotaram. O momento de sentar à mesa, conversar, negociar e chegar a um denominador comum já passou. Já entramos na Brasil Canadá e agora é deixar o departamento jurídico seguir em frente – concluiu.