Jogos às 15h: vantagem estratégica ou barreira para o Rio Claro?

Entre adaptação ao calor e impacto no ritmo competitivo, horário levanta duas leituras possíveis antes da Série A3

Por: Thiago Barbalho
8 horas atrás em 20 de novembro de 2025
Foto: Pinterest



Com a aproximação da Série A3, o Rio Claro se prepara para uma temporada marcada por uma particularidade inevitável: a obrigatoriedade de mandar seus jogos às 15h no Estádio Schimitão, ainda sem sistema de refletores. A partir dessa condição, surge uma reflexão sobre como o horário pode influenciar o desempenho da equipe ao longo do campeonato, tanto de forma positiva quanto desafiadora.







De um lado, o clube trabalha para transformar o calor em vantagem. A comissão técnica adaptou toda a rotina de treinos ao mesmo horário das partidas, buscando criar no elenco uma familiaridade natural com o ritmo acelerado e o desgaste provocado pela temperatura elevada. Essa adaptação pode fazer diferença ao longo dos 90 minutos, especialmente diante de adversários que não convivem diariamente com o clima local. Foi esse ponto que Vaguinho Santos destacou no TSP Especial – Episódio #50, ao afirmar: “Eu gosto desse horário… para mim está normal jogar às 15h”. Para o treinador, a preparação física específica e o condicionamento ajustado ao ambiente podem transformar o Schimitão em um terreno duro para visitantes.





Imagem dos refletores danificados do Estádio Schimitão, que enfrenta problemas de iluminação há anos.
Os refletores do Estádio Schimitão apresentam problemas há anos.
Foto: Reprodução




Por outro lado, a mesma condição que beneficia o preparo diário pode trazer implicações importantes. Partidas realizadas em dias úteis, sobretudo quartas-feiras às 15h, naturalmente limitam a presença de público, reduzindo o impacto das arquibancadas na atmosfera do jogo. Além disso, o excesso de calor pode exigir rodízio maior, atenção com desgaste acumulado e estratégias que considerem possíveis oscilações no ritmo de jogo. Nesse cenário, o clube precisará equilibrar intensidade com gestão de esforço e profundidade do elenco ao longo de toda a competição.





Entre a possibilidade de explorar o calor como fator de vantagem e a necessidade de superar eventuais dificuldades impostas pelo horário, o Rio Claro inicia a temporada navegando entre duas possibilidades legítimas. O ambiente pode ser aliado ou obstáculo, dependendo da execução e da resposta em campo. Até que o campeonato comece, permanece aberta a pergunta central: como o horário das 15h realmente impactará o caminho do clube? O desenrolar da Série A3 dará a resposta.