Sequências negativas decidem reta final do Novorizontino na Série B

O Novorizontino voltou a investir alto em 2025. No começo do ano, reformulou elenco, ampliou orçamento e apostou na continuidade do projeto que, por pouco, não colocou o clube na elite em 2023 e 2024. Mas, diferente dos últimos dois anos, desta vez o Tigre não conseguiu nem chegar vivo à última rodada da Série B na briga pelo acesso, e a explicação ultrapassa a análise dos números.

A equipe vai apenas cumprir tabela diante do CRB, no sábado, às 19h30, após a antecipação da partida por não haver mais objetivos para nenhum dos lados. Um desfecho que escancara um desgaste que vinha crescendo internamente pela pressão por resultados após duas campanhas de “quase-acesso” que pesou mais do que a estratégia esportiva.

Se nas temporadas anteriores o clube caiu sempre a um ponto do G-4, em 2025 o cenário mudou. O time viveu crises de desempenho mais longas, sem conseguir reagir à altura da expectativa criada. Foram duas sequências duras de digerir, que mostram um time emocionalmente abalado.

A primeira delas, uma série de sete jogos sem vencer entre a 19ª e a 25ª rodada, escancarou a perda de confiança do elenco.

Foram quatro derrotas e três empates que, em 21 pontos disputados, renderam apenas três, e custaram o cargo de Umberto Louzer. O Aurinegro, que era terceiro colocado e abriu cinco pontos sobre a zona de fora do G-4, despencou para sétimo e passou a correr atrás do prejuízo. A recuperação até ocorreu, mas sem a consistência necessária.

Na reta final, veio outra sequência, com cinco jogos sem vencer, quatro empates seguidos e uma derrota decisiva para o Goiás, no domingo passado, placar que tirou matematicamente o time da briga.

O impacto dessa sequência não está apenas na tabela. O clube entrou na 33ª rodada em terceiro lugar e com vantagem de dois pontos sobre os concorrentes. Mas a incapacidade de transformar bons jogos em vitórias mostrou um elenco travado, tenso e ansioso.

Hoje, o time é o sétimo colocado e, pela primeira vez nos últimos três anos, encerrará a temporada distante do G-4.

Entre 2023 e 2024, o Tigre nunca ficou mais do que quatro jogos sem vencer. Em 2025, ultrapassou essa marca duas vezes. O desgaste acumulado após duas decepções seguidas parece ter criado um peso difícil de carregar, mesmo com investimento alto, elenco qualificado e boa estrutura.

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