Lesões atrapalham quarteto e Luciano assume protagonismo

O São Paulo iniciou 2025 alimentando a expectativa de ver Lucas, Oscar, Luciano e Calleri dividindo o protagonismo no ataque. A projeção de um setor ofensivo estrelado empolgou a torcida no começo da temporada, mas a ideia ficou apenas no papel.

As sucessivas lesões minaram o plano. Três dos quatro nomes passaram grande parte do ano no departamento médico, e apenas Luciano conseguiu manter presença constante. Aos 32 anos, o camisa 10 tornou-se o jogador de linha mais utilizado do elenco, com 53 partidas — marca inferior somente à de Rafael, que somou 56 jogos.

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Outros pilares apareceram logo atrás: Enzo Díaz, com 52 atuações, e Alisson e Arboleda, ambos com 49. Já o trio que completaria o “quarteto dos sonhos” teve números bem mais modestos: Lucas participou de 26 jogos, Oscar de 21 e Calleri de apenas 18.

O colapso físico do elenco explica o desmanche. Lucas e Calleri sofreram com problemas no joelho, enquanto Oscar viveu um ano dramático. Além das dores musculares e de uma fratura na coluna, o meia convive agora com uma condição cardíaca recém-diagnosticada, que pode inclusive encerrar sua carreira. Com isso, os quatro só estiveram juntos em campo oito vezes — todas pelo Campeonato Paulista — um recorte mínimo diante dos 62 compromissos da equipe na temporada.

Nesse cenário, Luciano acabou ganhando espaço e responsabilidade. Conseguiu manter regularidade, virou referência técnica e assumiu a liderança da artilharia são-paulina em 2025, com 15 gols, superando André Silva por um. Sua sequência também impressiona: o atacante atuou os 90 minutos nas últimas três partidas, contra Flamengo, Bragantino e Corinthians, balançando a rede em uma delas.

Agora, a tendência é que ele volte a comandar o ataque no confronto com o Juventude, marcado para esta tarde, na Vila Belmiro — palco improvisado devido à agenda de eventos no Morumbis. O duelo é válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.