Técnico celebra chance de começar a temporada desde o início e defende manter a espinha dorsal para próxima temporada
Foto: Higor Basso / NovorizontinoA permanência de Enderson Moreira no comando do Novorizontino em 2026 marcou o início imediato do planejamento para a próxima temporada. Mesmo após o terceiro ano consecutivo em que o Tigre ficou perto do acesso na Série B, o técnico recebeu o respaldo da diretoria, especialmente do diretor de futebol Michel Alves, que tratou de assegurar sua continuidade logo após o fim da competição.
Enderson destacou a importância de finalmente iniciar um projeto desde o começo do ano. Em 2025, ele assumiu o time apenas em agosto, já no terço final da Série B, o que limitou sua capacidade de implementação.
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– Tivemos só três meses, peguei um trabalho no seu terço final e muita coisa do que penso sobre futebol conseguimos implementar. Mas tem uma parte grande que não. É só com o tempo para desenvolver. Temos o desejo de fazer o ano que vem ainda melhor, participando de maneira efetiva da construção dessa equipe. E estamos agora já começando o planejamento para 2026.
Com boa parte do elenco em fim de contrato e outros jogadores recebendo sondagens, o treinador reforçou a necessidade de manter uma base sólida para 2026.
– O clube tem muitos contratos perto do fim e acho que há algum movimento em termos de renovação. Tem jogadores que recebem propostas também. Na minha opinião, precisamos manter uma espinha dorsal, alguns jogadores que estão aqui já e, em cima dessa espinha, remontar esse elenco. É importante. Alguns vêm de uma sequência de trabalho de três anos, outros chegaram no início da temporada e vamos avaliar bem. Penso na formatação de um elenco forte tecnicamente, mentalmente e, principalmente, em elo, conexão. Porque quando o resultado não vem, precisamos estar mais próximos e fortalecidos para vencer esse tipo de obstáculo, que é normal em todo clube que disputa competições longas.
Mesmo reconhecendo os avanços da equipe, Enderson avaliou o que impediu o Tigre de subir novamente. Segundo ele, a temporada foi marcada por momentos de superioridade que não se converteram em resultado.
– Acho que nos faltou um pouquinho mais de sorte em determinados momentos. Foi competência em algumas situações também. Faltou transformar a superioridade que tivemos, não só em casa, mas fora de casa também, em resultado. Acho que precisamos ser melhores na efetividade. A criação é importante, mas a eficiência é que determina o resultado de uma partida.
O treinador também demonstrou preocupação com o ambiente criado ao redor do clube, que acumula três anos de frustração na beira do acesso e convive com a cobrança crescente.
– Há uma pressão a mais sendo criadas e temos que deixar o natural. Tudo o que gera uma pressão além da conta cria um clima pior, uma carga. E jogar futebol profissional já não é fácil.
Enderson aproveitou para ressaltar o crescimento do Novorizontino desde sua chegada e reafirmou sua convicção de que o tão sonhado acesso é uma questão de tempo.
– O Novorizontino, nestes últimos três anos, está entre as 30 melhores equipes do país. Isso não é pouca coisa. Estou falando isso vindo de fora, de grandes centros, equipes que são centenárias, que têm uma tradição enorme. É uma equipe jovem ainda e que está conseguindo romper e pular muitas etapas. Temos de entender o que funcionou, que tem muita coisa boa, e aquilo que não funcionou buscar executar de uma outra maneira.
– O Novorizontino está dando passos consistentes nesse percurso de Série B. Tomou um susto no primeiro ano, mas conseguiu ser consistente nos outros, e vai acontecer (o acesso). E é para isso que precisamos nos preparar, sermos resilientes, que é uma característica importante de quem vence. A gente mais perde do que vence, e precisamos saber que as derrotas nos fortalecem para que possamos dar esse passo daqui a pouco.