Volante do Água Santa conta como viver na Europa moldou seu jogo
Foto: Daniel GimenesA trajetória de Marcel Cerezo passou longe dos centros tradicionais da Europa, mas nem por isso deixou de ser marcante. Antes de retornar a São Paulo para defender o Água Santa, o volante viveu uma temporada que mudou sua visão de futebol ao jogar no Balzan, de Malta. Ele descreve a experiência como “surreal”, tanto pela oportunidade profissional quanto pela realização pessoal.
Marcel destaca que pisar na Europa já representava um sonho. “A gente desde pequeno tem o sonho de ir para a Europa. Alguns querem Portugal, outros Inglaterra… Quando a gente vai para um mercado alternativo, mas pisa na Europa, você fica com aquele ‘estou realizando meu sonho’.” Ali, além do ambiente receptivo — “o país todo fala inglês e maltez” —, ele encontrou um futebol que exige intensidade, transição constante e segunda bola. Um estilo que, segundo ele, vem sendo incorporado aos poucos no Brasil. “É um jogo totalmente de transição… Acho que cada vez mais a gente vem se especificando nisso aqui também.”
A passagem também foi marcante por um motivo familiar: uma promessa antiga. “Eu tinha uma promessa com meu pai que quando eu fosse para a Europa, o primeiro time europeu iria levar ele comigo. Consegui levar ele comigo para ele sentir essa sensação.” Para o volante, compartilhar esse momento foi tão significativo quanto as boas atuações em campo. Ele chegou a disputar prêmios: “Cheguei a pegar MVP em algumas partidas”, lembrou.
Apesar do desempenho individual, o coletivo do Balzan teve dificuldades, com empates frequentes e derrotas por detalhes. Ainda assim, Marcel vê o período como essencial para sua formação. A vivência no futebol malteco ampliou repertório, confiança e entendimento de dinâmicas que hoje ele pretende aplicar no Água Santa.




