Depois da vitória por 1 a 0 sobre o Cerro Porteño, nesta quarta-feira (9), no Allianz Parque, Abel Ferreira analisou o desempenho do Palmeiras e refletiu sobre os desafios enfrentados pelo elenco neste início de temporada.
Ao comentar a dinâmica da equipe, o treinador ressaltou as dificuldades provocadas pela maratona de jogos e elogiou a dedicação dos jogadores, mesmo com o cansaço acumulado.
Desgaste e rotina intensa
“Eu não vejo nenhuma equipe no futebol brasileiro com essa fluidez toda, de jogo. Precisamos de velocidade, criatividade, isso vem muito com a frescura, tempo de recuperação, algo que não temos. O Paulistão nos deixou muitas marcas no físico. Temos que pensar internamente como clube, sobre essa competição. Não vai ser fácil: são 18 jogos em dois meses. Ficamos sem o Lucas, sem o Veiga, antes sem o Ríos”, disse.
“Não há milagres. Acaba por ser um desgaste tremendo, físico e mental, porque são jogos de dois em dois dias, com viagens. Você não dorme. O sono é um dos elementos mais restauradores. Às vezes chegamos às 4 da manhã, 3 da manhã no CT. Enfim, estamos na luta. Vamos com tudo que temos e com todos os recursos que temos”, completou o treinador.
Análise do jogo contra o Cerro Porteño
Sobre a partida em si, Abel reconheceu que o começo foi difícil e que o Palmeiras deveria ter aproveitado melhor as chances após abrir o placar.
“O início foi complicado. A gente ataca e eles defendem, e eles atacam e a gente defende. Depois que fazemos o gol, as coisas ficam mais fáceis. Deveríamos — e devemos — matar o jogo”, avaliou.
Felipe Anderson e adaptações
Questionado sobre a atuação de Felipe Anderson, Abel foi honesto ao reconhecer as dificuldades do jogador e seu papel nas mudanças táticas.
“Olha, pra ser sincero, acho que naquela posição ele pode nos dar mais. É bom pra ele, e bom para os torcedores passarem algum carinho. É muito mais fácil quando as pessoas têm paciência. Ele já jogou com a 7, a 11, a 10… E, se calhar, tem sido um dos jogadores que mais tenho prejudicado, em função das necessidades da equipe. É um atleta robusto, com técnica”, comentou.
Gesto de Ríos e reconciliação com a torcida
Por fim, o técnico comentou a atitude de Richard Ríos, que fez um gesto de silêncio para a torcida após marcar o gol, gerando reação negativa dos alviverdes presentes no estádio.
“O Ríos… quem sou eu pra dizer. Eu estou sempre dizendo: o futebol não é igreja. Ele é mágico pelas emoções que cria em nós. Às vezes, treinadores e jogadores têm reações que nem pensam. Alguma coisa que ouviram…”
“O Ríos tem um coração top. Um menino que trabalha muito. Rapidamente fez as pazes. Ninguém é perfeito. Vocês viram o carinho do torcedor depois”, completou Abel.
Próximos jogos do Palmeiras
- Palmeiras x Corinthians – Brasileirão – 12/04, às 18h30
- Internacional x Palmeiras – Brasileirão – 16/04, às 19h30
- Bolívar x Palmeiras – Libertadores – 24/04, às 19h