Treinador do Palmeiras afirmou que o desempenho dos titulares justificava a manutenção em campo e rebateu críticas sobre o uso parcial do banco.
Diferente do que se esperava em um clássico de alta intensidade, o técnico Abel Ferreira optou por realizar apenas duas substituições durante o empate em 1 a 1 entre Corinthians e Palmeiras, no último dérbi da temporada. Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador respondeu diretamente às perguntas sobre o tema e explicou com clareza sua estratégia. Para ele, não havia razão técnica para realizar mais alterações: os titulares estavam desempenhando bem e o momento da partida não exigia mudanças drásticas. “Não está escrito em lado nenhum que eu tenha que fazer as 5 substituições”, cravou Abel, ao ser questionado por que não usou todos os recursos do banco.
O comandante do Verdão ainda foi além, explicando nome por nome sua decisão. Segundo ele, opções como Allan, Emiliano e Erick Bele poderiam ser acionadas, mas os jogadores em campo mostravam eficiência e encaixe no sistema.
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“Podia tirar o Lucas Evangelista que estava a jogar bem e meter o Allan? Achei que não. Podia tirar o Aníbal e meter o Emiliano? Achei que não. Podia tirar o Vítor Roque e meter o Erick Bele? Achei que não. Portanto, entendi que devia fazer essas duas substituições”, disse Abel, de forma didática. As duas mudanças realizadas foram nos corredores, com a entrada de Facundo e Sosa, visando “refrescar” os flancos ofensivos.
A fala do treinador também revela uma leitura cuidadosa do elenco. Ele ressaltou que o Palmeiras, atualmente, passa por uma transição no grupo, e que muitas peças ainda estão em adaptação.
“Faltou só pegar na bola e metê-la dentro do gol do nosso adversário”, lamentou. Com isso, Abel deixa claro que a questão não é quantitativa, mas qualitativa: mexer por mexer não garante resultado, e o foco deve estar na eficiência. A decisão também parece alinhada com o cenário do jogo, já que o Verdão manteve o controle das ações mesmo com o placar empatado.
Com a fala firme na coletiva, Abel rebateu qualquer insinuação de que teria sido passivo no comando técnico. Ao mesmo tempo, deixou uma mensagem sobre o nível de confiança que tem em seus titulares. A ausência de Veiga, ainda se recuperando, também limitou as possibilidades criativas no meio-campo. O treinador, que já havia sido cobrado por usar pouco os jovens da base em outras ocasiões, deixou claro que não se tratava de subestimar a importância do jogo, mas sim de uma leitura coerente do momento técnico e físico de sua equipe.