Treinador comenta oscilação da equipe e busca equilíbrio emocional
O Botafogo-SP segue lutando na Série B e enfrenta um momento de pressão intensa. O time ocupa a 18ª posição com 29 pontos e não vence há cinco partidas, podendo ser ultrapassado pelo Amazonas ao final da rodada. Após a derrota por 2 a 1 para a Ferroviária, Allan Aal falou sobre a responsabilidade que sente e a forma como busca orientar o elenco.
“A pressão maior pode ter certeza que é minha comigo mesmo. O futebol é feito de pressão e por isso não é para qualquer um. Temos que ter essa sustentação, esse equilíbrio. A gente vem conversando com a diretoria, vem procurando passar principalmente confiança aos jogadores. Tenho muito tempo de profissão e sei que o alvo principal é o treinador. A gente tem que saber trabalhar com isso, inclusive nas tomadas de decisão. Tivemos que abrir mão de alguns atletas que estavam desgastados fisicamente e, justificar, às vezes as pessoas não vão entender e faz parte da profissão. A gente vem conversando com a diretoria, com a presidência para passar aos jogadores a confiança no nosso trabalho. Se teve um ou dois jogos que fomos envolvidos pelo adversário foi muito. Do resto, jogamos de igual para igual, criamos oportunidades e acho que a gente precisa relembrar esse recorte dos bons jogos que fizemos para que essa confiança dos atletas em campo seja maior e que a gente erre menos do que vem errando.”
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No jogo, o Botafogo mostrou equilíbrio no primeiro tempo, mas sofreu dois gols nos primeiros minutos da segunda etapa. Guilherme Queiroz marcou o gol de honra, mas a reação não foi suficiente para evitar a derrota e a insatisfação da torcida.
“A gente fica muito frustrado e decepcionado, porque a gente sabia que ia ser um jogo de poucas oportunidades. As oportunidades que criamos ou o goleiro defendeu ou não tivemos clareza nas tomadas de decisão. Estamos chegando na entrada da área, no campo do adversário, mas falta um pouco de lucidez e equilíbrio emocional para as tomadas de decisão se transformarem em gols. E a gente lamenta mais ainda que os gols que a gente toma são gols evitáveis, com a linha defensiva bem montada. São gols que não estamos expostos, estamos posicionados (…) São lances que estão custando caro.”
Allan Aal reforçou a necessidade de confiança e equilíbrio emocional para melhorar o desempenho do time:
“Estamos fazendo bons jogos, mas oscilando demais. Essa oscilação vem custando caro. São momentos de cinco, dez minutos que estamos perdendo o controle do jogo, perdendo, em alguns momentos, o controle emocional para tomar decisões assertivas. Vejo que a equipe precisa se reestabilizar emocionalmente para poder render como já rendemos. E isso não é fácil. Trabalhamos no dia a dia, mas é do individual do atleta a resposta que ele dá no momento de pressão e cobrança. E a gente precisa continuar acreditando que a gente pode tirar mais sim, até porque tivemos momentos melhores, de ser mais consistentes na partida. A gente pode se manter mais seguro ofensivamente e defensivamente, para que a gente possa sofrer menos quando o adversário estiver melhor.”
“Quando o jogo está 0 a 0, falta um pouco dessa confiança. Quando estamos atrás do placar e está tudo mais difícil, a gente começa a colocar para fora o que temos de melhor e precisamos ter mais isso quando estiver 0 a 0. Tivemos chances com o Barbosa, o Jean, o Nem. São esses pequenos detalhes que precisamos ajustar urgente e manter nossa confiança naquilo que a gente vem fazendo.”
O Botafogo-SP volta a campo na próxima sexta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), contra o Coritiba, fora de casa.
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