O Palmeiras inicia sua caminhada na Conmebol Libertadores nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília), enfrentando o Sporting Cristal, no Estádio Nacional de Lima. O Verdão entra em campo sob pressão, buscando transformar a competição em um novo capítulo positivo após um início de temporada turbulento.
Clima de cobrança no clube
Depois do vice-campeonato paulista e das vaias na estreia do Brasileirão, o Palmeiras sabe que a cobrança da torcida aumentou. No entanto, a diretoria descarta mudanças drásticas e aposta na evolução natural da equipe.
– Se olharmos as últimas cinco temporadas, a exigência sobre o Palmeiras sempre foi alta. Nas últimas cinco Libertadores, vencemos duas, chegamos a duas semifinais e, na outra, fomos eliminados em casa com chances de reverter o placar. Criou-se uma expectativa grande, e o Palmeiras precisa estar acostumado – afirmou Anderson Barros, diretor de futebol, em entrevista ao GE.
Reformulação e tempo de adaptação
A diretoria reconhece que o desempenho da equipe ainda não corresponde à qualidade do elenco, mas vê a reformulação como um fator determinante. Com nove saídas e sete contratações, além da promoção de cinco jogadores da base, o Verdão passa por um período de adaptação.
– Essa equipe está em construção. Quando promovemos atletas da base e trazemos novos reforços, precisamos entender que há um processo de amadurecimento – explicou Barros.
Entre as contratações para 2025 estão Vitor Roque, Facundo Torres, Emiliano Martínez, Lucas Evangelista, Bruno Fuchs, Micael e Paulinho. Já Zé Rafael, Dudu, Rony e outros deixaram o clube, marcando o fim de um ciclo vitorioso.
Confiança no trabalho e nas convicções
Mesmo com críticas e questionamentos, a diretoria mantém a confiança no planejamento e busca evitar que a pressão externa afete o trabalho.
– Precisamos continuar acreditando no processo. Se tivemos tantos resultados positivos nos últimos anos, não podemos ignorar o que construímos. Trabalhamos dentro do nosso limite para recolocar tudo nos trilhos – reforçou Barros.
Abel Ferreira segue como peça-chave
Apesar das dificuldades no início da temporada, Abel Ferreira continua sendo peça fundamental no projeto do clube. Com contrato até o fim de 2025, o técnico já indicou que essa pode ser sua última temporada no Brasil, mas o Palmeiras ainda pretende discutir uma renovação.
– O Abel sabe o que pensamos e o que a presidente quer em relação à continuidade dele. Há uma relação de confiança, e esse assunto será tratado no momento certo – concluiu o diretor.
Com o foco voltado para a Libertadores, o Palmeiras busca um bom início no torneio para afastar a turbulência e reforçar sua posição como um dos favoritos ao título continental.