António fala sobre mais uma semana conturbada no Corinthians

Por: Bruno Rys Colesanti
1 ano atrás em 24 de junho de 2024
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians


Neste domingo (23), o Corinthians empatou em 1 a 1 contra o Athletico Paranaense, na Ligga Arena, pela 11° rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Timão se manteve na 18° posição da tabela, dentro da zona de rebaixamento.


Ao fim do jogo, o treinador António Oliveira concedeu uma entrevista coletiva. Muito mais do que falar sobre o jogo, o português comentou sobre mais uma semana de trabalho regada à polêmicas do Alvinegro. Para começar, o técnico deu fim ao assunto Carlos Miguel, que não quis viajar a Curitiba, alegando uma lesão no tornozelo. O goleiro já tem sua saída acertada para o Nottingham Forest, mas, mesmo assim, vinha atuando como titular até a abertura da janela de transferências, no próximo dia 10.


“Não, Carlos Miguel não joga mais no Corinthians. Já o disse e falei neste grupo. Só está aqui no clube quem quer e faz de forma apaixonada, muitos que hoje estão nesta posição deviam perceber o sonho de muita gente de poder representar um dos maiores clube. Incomodou, incomoda, e o Carlos Miguel não vai jogar mais pelo Corinthians”.


O treinador também falou sobre possíveis chegadas a partir do dia 10. Segundo o presidente, Augusto Melo, o Corinthians trará quatro reforços de peso. António, porém, disse não querer comentar sobre esse assunto neste momento


“Respeito muito a pergunta. Sobre janela, até o dia 10 (de julho, quando o período de transferências é aberto), não vou comentar mais. Tenho que valorizar os que estão comigo. Só joga aqui quem quer. Temos quatro jogos importantes para o clube até a abertura da janela. Não vamos chorar. Vamos nos dedicar para no campo derramar todas as nossas lágrimas”.


Corinthians e Athletico empataram em 1 a 1 – Foto: Rodrigo Coca




Muito pressionado, o comandante também falou sobre o respaldo que é dado pela diretoria. Com uma vitória em apenas 11 jogos de Campeonato Brasileiro, António vem trabalhando na corda bamba, devido aos maus resultados.


“Não sou novato. Tenho um trajeto, sei como as coisas funcionam. Eu só controlo aquilo que é da minha competência. De resto, desde o primeiro jogo, sou uma pessoa bem recebida. Gosto de estar aqui. Tenho apreço pelo que passo, pela forma de estar, ao longo destes cinco meses, estamos andando caminho das pedras”.


Por fim, ele comentou sobre como foi trabalhar em mais uma semana repleta de polêmicas no clube. O caso de corrupção no acordo com a antiga patrocinadora, VaideBet, segue na pauta dos noticiários. Além disso, houve protestos da torcida, na última sexta-feira (21), no Parque São Jorge.


“Foi mais uma semana de trabalho que entendi o contexto, mas minha missão foi tentar mobilizar os jogadores porque existe uma coisa mais importante do que qualquer presidente ou gestão, que é o clube. Temos que dar resposta ao torcedor, a torcida é a vitalidade deste grupo. O resto não interessa para o clube. Interessa dar estabilidade para podermos fazer um trabalho de qualidade. Tenho sido mais como treinador, mas tenho feito com orgulho”.