Na manhã desta sexta-feira (25/10), faleceu o ex-jogador Zé Carlos, com passagem em muitas equipes paulistas, a principal pelo São Paulo. O ex-lateral direito foi encontrado morto na casa de sua sobrinha pelos próprios familiares, em Osasco, região metropolitana da capital. Além dos clubes, Zé ficou conhecido pela sua participação na Copa do Mundo de 1998 pela Seleção Brasileira. Na ocasião, foi reserva de Cafu, outro ex-Tricolor, e atuou os 120 minutos da semifinal contra a Holanda, onde o Brasil passou nos pênaltis.
Surgiu “do nada”
A sua carreira profissional começou de maneira “despretensiosa”. Não teve formação nas categorias de base de nenhuma equipe e jogava futebol apenas por diversão. Em 1990, já aos 21 anos, quando disputava um jogo pela empresa metalúrgica em que trabalhava, chamou a atenção de um olheiro do São José, que levou o então meio-campista para o Águia.
Nos primeiros anos de carreira, “migrou” da faixa central do campo para a lateral direita, onde passaria o restante da sua trajetória no futebol. Antes de ficar em holofotes nacionais pelo São Paulo, passou por Paulista, Nacional, São Caetano, Portuguesa, União São João e Marília, além de Juventude e Matonense fora do estado.
Auge no São Paulo
Zé Carlos fez um total de 72 jogos pelo Tricolor – Foto: Divulgação/ São Paulo
Chegou a ficar sem equipe e cogitou pendurar as chuteiras no início de 1997, mas assinou com a Matonense e fez grande campanha na Série A2 do Paulistão. Melhor lateral da competição e título, o desempenho atraiu o São Paulo, que contratou o atleta para o restante da temporada. Em 1998, o jogador que chegou ao Morumbi para compor elenco desbancou a concorrência e assumiu a titularidade, sendo membro importante do elenco campeão paulista naquele ano.
O destaque no São Paulo fez com que Zagallo convocasse o atleta para a Copa do Mundo de 1998, para contrastar o estilo ofensivo de Cafu, como um lateral defensivo. Na sua única oportunidade, foi bem contra a Holanda, com a responsabilidade de marcar o ponta-direita Zanden, destaque do futebol mundial na época.
Após empate por 1 a 1, o Brasil passou pela Holanda nos pênaltis – Foto: Divulgação/ CBF
Decadência
Nos anos seguintes, caiu de desempenho e trocou o tricolor paulista pelo gaúcho. Fez um 1999 abaixo da expectativa pelo Grêmio e retornou ao futebol paulista, na Ponte Preta. Novamente com desempenho abaixo da média, foi para o Joinville, com passagem de um ano pelo Noroeste e depois mais três anos na equipe catarinense. Em 2005, se aposentou com a camisa da Portuguesa de Desportos, aos 37 anos, na capital do estado.
O TSP lamenta o falecimento de Zé Carlos e deseja as condolências aos familiares e amigos.
