A divulgação das imagens e do áudio da revisão do primeiro gol do Fluminense, na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, gerou grande insatisfação entre os dirigentes do clube paulista. O episódio ocorreu no último domingo (01), em confronto válido pelo Campeonato Brasileiro, e trouxe à tona uma possível contradição do árbitro Paulo Cesar Zanovelli, que revisou o lance no VAR e manteve o gol, causando polêmica.
A jogada em questão começou com uma falta do atacante Calleri em Thiago Santos, no meio de campo. O árbitro deu vantagem ao Fluminense, já que a bola ficou com o zagueiro Thiago Silva. No entanto, o defensor interpretou que a falta havia sido marcada e, ao colocar a mão na bola para recolocá-la em jogo, deu início à sequência que resultou no gol de Kauã Elias.
A revolta dos jogadores do São Paulo foi imediata, argumentando que, ao dar vantagem e não interromper a jogada, o toque de mão de Thiago Silva deveria ter sido punido como falta. Durante a revisão no VAR, Zanovelli acabou mantendo o gol, apesar da confusão em torno de sua decisão.
Com a divulgação das imagens nesta sexta-feira (06), em que o árbitro admite ter dado vantagem, mas depois se contradiz ao revisar o lance, os dirigentes do São Paulo passaram a reconsiderar a possibilidade de pedir a anulação do jogo. Inicialmente, o clube havia optado por não seguir esse caminho, limitando-se a protestar formalmente junto à CBF. No entanto, a nova evidência levou a diretoria a reavaliar sua posição.
O pedido de anulação, se formalizado, será baseado no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a anulação de partidas em que o árbitro deixa de cumprir as regras do futebol. Embora os dirigentes saibam que anular uma partida é uma medida rara e de difícil aceitação, o clube não descarta essa possibilidade diante do erro que consideram grave.