O presidente Augusto Melo manifestou sua indignação nesta quinta-feira (21) diante da convocação de Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, para a votação de impeachment que pode afastá-lo do cargo. A reunião decisiva está agendada para o próximo dia 28 de novembro, com votação secreta entre os conselheiros.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, Augusto Melo criticou a decisão e destacou que o momento é inoportuno, já que o Corinthians está na reta final do Campeonato Brasileiro. O mandatário também classificou a proposta como um “golpe”, alegando que as instruções ocorrem sem provas concretas.
A convocação dos conselheiros ocorreu na quarta-feira, definindo que, em caso de maioria simples na votação, Augusto Melo será afastado imediatamente. Nesse cenário, Osmar Stabile, primeiro vice-presidente, assumirá a carga de forma interna até a realização de uma assembleia geral dos sócios.
Augusto também mencionou que a Comissão de Ética recomendou a suspensão do processo de impeachment. O órgão, em outubro, sugeriu que a pauta só seria retomada após a conclusão das investigações relacionadas ao caso Vaidebet, ex-patrocinadora do clube, acusada de irregularidades no contrato. O caso permanece sob investigação pela Polícia Civil.
O pedido de impeachment, apresentado pelo grupo “Movimento Reconstrução SCCP”, reuniu 86 assinaturas de conselheiros vitalícios e trienais. O requisito foi anexado às apurações internas sobre o suposto esquema ocorrido a Vaidebet, que veio à tona em agosto deste ano.
No comunicado, o presidente reforçou que a atitude de pautar o impeachment neste momento conturba o ambiente do clube e desrespeita o trabalho da comissão que apura os fatos. Ele destacou que é preciso aguardar a conclusão das investigações antes de qualquer decisão drástica.
A votação será um momento crucial para o futuro do Corinthians. Caso o afastamento seja aprovado, a diretoria enfrentará uma transição delicada, com impactos diretos na gestão do clube e em seus desafios esportivos.
Augusto Melo segue firme em sua defesa, mas a pressão dos conselheiros e do “Movimento Reconstrução SCCP” mantém o ambiente político do clube em alta tensão. A reunião da próxima semana promete ser garantida não apenas para a gestão do presidente, mas para o boato administrativo do Timão.