O técnico Vinicius Bergantin reconheceu o gosto amargo deixado pelo empate da Ferroviária com a Portuguesa Santista. A equipe ficou no 0 a 0 na tarde deste domingo, em Araraquara, pela 12ª rodada da Série A2 do Campeonato Paulista.
Após vencer o XV de Piracicaba, então vice-líder, fora de casa, a Locomotiva não conseguiu superar a Briosa, que luta contra o rebaixamento, na Fonte Luminosa.
“A gente sempre, quando vem de uma vitória fora contra um time que está na segunda colocação, espera que, jogando em casa contra um time que está brigando contra o rebaixamento, as coisas aconteçam de maneira automática. Lógico, muito trabalhado, muito estudado, onde nós poderíamos ter vantagens para chegar ao gol da Portuguesa Santista, mas, infelizmente, a gente não conseguiu criar tanto. Teve uma cabeçada do Ronaldo, uma outra escapada, mas o goleiro deles nem precisou trabalhar. Acho que todo mundo esperava um pouco mais”, lamentou o técnico da AFE.
Bergantin também destacou a dificuldade da competição e o impacto do empate.
“Fica aquele gosto amargo do empate. Sabemos que o campeonato é muito disputado, muito complicado nessas últimas rodadas. Quando você pega times que estão brigando para não cair — e até conversei no vestiário —, os jogos acabam se tornando muito truncados. E isso vai se repetir nas próximas duas rodadas. O jogo foi muito amarrado, mesmo com o árbitro dando um acréscimo considerável. A gente não conseguiu sair dessa quebra de ritmo, dessa marcação forte da Portuguesa Santista. Tivemos uma postura muito boa dos atletas, entrega, competitividade, mas, infelizmente, não conseguimos criar oportunidades e marcar os gols que nos levariam à vitória”, analisou o treinador.
Com 16 pontos, a Locomotiva ocupa a décima posição e está fora do G-8. No entanto, a equipe tem a mesma pontuação de outros cinco times na tabela.
“Todos queríamos a vitória hoje e houve, sim, um sentimento de indignação no vestiário. Mas jamais podemos deixar isso nos puxar para baixo. Temos que ter essa indignação para saber onde precisamos melhorar e vencer jogos desse calibre, contra times que estão na parte de baixo da tabela. Precisamos ter um mental forte, porque há a arbitragem, o antijogo, a cera, o cai-cai… Não podemos perder a proposta e o entendimento do jogo. Temos que, já na quarta-feira, somar três pontos para entrar no G8 e não sair mais”, pontuou Bergantin.
Restam três jogos para o fim da primeira fase. Em busca da classificação, a Ferroviária fará duas partidas fora de casa e só voltará a jogar na Fonte Luminosa na última rodada, em 8 de março, contra o Grêmio Prudente.
“Com nove pontos, a gente se classifica. Com sete, talvez também. Então, vamos buscar o máximo de pontos. Sabemos que são jogos difíceis, pois são dois fora de casa e um em casa. Talvez, contra o Prudente, seja um confronto direto pela classificação. Mas não podemos pensar no último jogo sem antes enfrentar esses dois desafios. Só depende da gente. Se conseguirmos as vitórias, nos classificamos. Agora é buscar fazer seis ou sete pontos para ficar entre os oito”, declarou o treinador.
A Ferroviária volta a campo nesta quarta-feira (21), às 19h30, para enfrentar o São Bento, em Sorocaba. O adversário ocupa a penúltima colocação e vem de empate com o XV de Piracicaba, fora de casa.
“A gente espera mais um jogo no mesmo perfil do que foi contra a Portuguesa Santista. Sabemos que, às vezes, nem é pela tabela, mas sempre são jogos amarrados, brigados, muito disputados. Precisamos ter esse mesmo espírito de competição e entendimento de jogo, mas também conseguir criar mais e ter mais calma na entrada da área nos momentos de definição. Assim, podemos buscar a vitória em Sorocaba, na quarta-feira”, projetou Bergantin.