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Botafogo-SP vive 2025 de mudanças e dificuldades

Ano de 2025 foi marcado por sustos, trocas e luta contra o rebaixamento

Por: Neila Gonçalves
2 horas atrás em 31 de dezembro de 2025
Foto: Divulgação/Botafogo-SP

O torcedor do Botafogo-SP viveu um 2025 de muita tensão. Entre Paulistão, Série B e Copa Paulista, o Tricolor enfrentou dificuldades em praticamente todas as competições, flertou com o rebaixamento mais de uma vez e encerrou o ano com a sensação de que o período precisa ser deixado para trás.

A temporada começou com a permanência de Márcio Zanardi no comando técnico. Contratado no fim da Série B de 2024 para evitar a queda, o treinador cumpriu a missão e ganhou respaldo para iniciar o ano com autonomia na montagem do elenco e na condução do trabalho desde a pré-temporada.

A expectativa, porém, não se confirmou. No Paulistão, o Botafogo-SP fez uma campanha modesta, longe do protagonismo esperado. Em 12 jogos, foram apenas duas vitórias, com dificuldades ofensivas e problemas defensivos, encerrando a participação na 13ª colocação, próxima da zona de rebaixamento.

Na Série B, Zanardi foi mantido, mas o desempenho irregular levou à sua demissão ainda nas primeiras rodadas. Allan Aal assumiu na sequência e até conseguiu uma reação inicial, tirando o time do Z-4 em determinado momento, mas a falta de regularidade custou caro. Após uma sequência sem vitórias, o treinador também acabou desligado.

O cenário ficou ainda mais conturbado com mudanças fora das quatro linhas. O diretor de futebol Toninho Cecílio deixou o cargo, e o clube precisou lidar com episódios negativos dentro de campo, além da pressão crescente da tabela.

A virada veio com uma solução interna. Ivan Izzo, auxiliar permanente do clube, assumiu o comando na reta final da Série B e conseguiu mobilizar o elenco. Com apoio de Willians Alves, técnico do Sub-20, o Botafogo-SP reagiu no momento decisivo e escapou do rebaixamento apenas na última rodada, terminando na 16ª posição.

Na Copa Paulista, o desempenho voltou a decepcionar. Assim como em 2024, o Tricolor não passou da primeira fase, acumulando resultados negativos, incluindo derrotas para o rival Comercial, o que aumentou a frustração do torcedor.

Individualmente, alguns nomes se destacaram em meio ao ano difícil. Léo Gamalho, contratado no meio da temporada, teve papel decisivo em jogos importantes, enquanto Victor Souza foi fundamental no gol durante a luta contra a queda.

Para 2026, o discurso é de reconstrução. O clube reformulou o Departamento de Futebol, com André Leite assumindo como diretor-executivo e Fillipe Soutto como gerente. No comando técnico, o escolhido foi Cláudio Tencati, treinador com histórico de acessos à Série A. O elenco também passou por mudanças significativas, com 17 saídas e nove contratações até o momento.







A nova caminhada começa no dia 11 de janeiro, fora de casa, contra o Velo Clube, pelo Paulistão. A missão é clara: deixar para trás os números de 2025 — 60 jogos, 14 vitórias, 20 empates, 26 derrotas, 48 gols marcados e 77 sofridos — e iniciar um ciclo mais estável e competitivo.