Apesar da queda vertiginosa do futebol profissional do Audax desde o vice-campeonato paulista em 2016, o vínculo com o Bradesco segue firme na Vila Yolanda, ainda que longe dos holofotes. O responsável por essa permanência é Mário Teixeira, empresário e figura central na trajetória do clube. Mesmo com o time principal fora de cena, o banco segue apoiando as categorias de base e a equipe feminina.
Enquanto o filho, Gustavo, hoje comanda os rumos do clube, é sabido nos bastidores que o “velho general” ainda dita os passos mais decisivos. A presença do Bradesco, aliás, transcende o futebol: em 2009, após o fim do patrocínio da Finasa ao vôlei de Osasco, foi Mário, por meio do banco, quem bancou o projeto até a chegada da Nestlé. Anos depois, em 2018, com a saída da multinacional, novamente coube ao empresário reerguer o time, desta vez sob o escudo do Audax.
Mário Teixeira construiu um verdadeiro império no esporte. Em seu auge, o Audax era tratado como um dos grandes do futebol nacional, principalmente pelo modelo ousado de jogo e gestão. Mas a mesma figura que levou o clube ao topo também é vista, por muitos, como a responsável pela sua derrocada. Ex-jogadores relatam bastidores de gastos excessivos, decisões centralizadas e um ambiente de ostentação que teria minado a solidez do projeto.
Ainda assim, é inegável: Mário colocou Osasco no mapa do futebol brasileiro. Se hoje o Audax vive à margem da elite, com o profissional reduzido a escombros, a história resiste. E o Bradesco, que segue como último pilar de sustentação, ainda está lá por causa dele.
O clube pode já não ter o brilho de outrora, mas para quem acompanhou a ascensão meteórica e a queda dramática do Audax, entender essa trajetória é essencial. Afinal, entre os erros e os méritos, está a memória de um projeto que ousou sonhar grande.