O técnico Pedro Caixinha elogiou a vitória do Santos por 2 a 1, nesta quinta-feira (16), na Vila Belmiro, pela primeira rodada do Paulistão. O confronto marcou a estreia oficial do treinador no comando do Peixe.
Em entrevista coletiva, Caixinha analisou detalhadamente o desempenho da equipe. Ele destacou o bom desempenho do Santos no primeiro tempo, mas apontou melhorias necessárias para evitar quedas de rendimento.
“Não foi nada fácil. Foi uma vitória em que houve duas partes completamente distintas. Na segunda etapa, o Mirassol assumiu o jogo e nos causou muitas dificuldades, principalmente pela nossa dificuldade em manter a posse de bola. No primeiro tempo, a equipe apresentou claramente a imagem que queremos que o Santos represente. Isso inclui agressividade, ainda que isso traga alguns riscos. Algumas situações menos coordenadas deixaram o time exposto, algo que devemos trabalhar para melhorar. Tivemos 19 finalizações, quase todas nesse período, além de um bom controle da posse de bola no campo adversário. A equipe conseguiu conectar bem o momento defensivo com o ofensivo, e isso foi recompensado com o gol quase no fim do primeiro tempo. Esses comportamentos são exatamente o que buscamos para o time”, analisou o treinador.
Apesar de também reconhecer as dificuldades enfrentadas na etapa final, quando o Mirassol melhorou e pressionou o alvinegro, Caixinha ressaltou a atitude da equipe.
“No segundo tempo, a equipe adversária ocupou bem os espaços que deixamos. Nosso bloco defensivo ficou mais distante, e mesmo assim quero ressaltar a atitude positiva do time. Mesmo sem as condições ideais, continuávamos tentando avançar. No entanto, faltou saber recuar estrategicamente, especialmente quando já estávamos em vantagem no placar. Isso permitiu ao adversário explorar as costas das nossas linhas defensivas. Apesar disso, a equipe mostrou muita alma e coragem para segurar o resultado.”
Caixinha também destacou o aspecto físico como determinante neste início do campeonato. Assim, ele explicou as alterações realizadas no time durante a partida.
“Sabemos que, nos primeiros jogos do Paulistão, a componente física do jogo é importante. É o terceiro ano que inicio esta competição, e o preparo físico das equipes é sempre um fator determinante. Não sei exatamente quanto tempo de preparação o Mirassol teve, mas, considerando o nosso, acredito que a equipe respondeu bem às exigências do jogo.
Soteldo apresentou sinais de cansaço, mas pedimos que ele permanecesse em campo por mais 10 minutos. Ele fez um grande esforço e ainda conseguiu uma assistência importante para o Guilherme. Além disso, João e Escobar também precisaram sair devido à sobrecarga física, e não queríamos arriscar lesões”, explicou.
Projetando o próximo confronto, o comandante descartou a estreia dos reforços Tiquinho Soares e Álvaro Barreal. Ambos ainda precisam ser regularizados e inscritos no Paulistão. O Santos enfrenta a Ponte Preta no domingo (19), às 20h30, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
“O foco é no jogo da Ponte Preta, que acontece daqui a três dias, e esse eu posso projetar. Posso dizer que o Tiquinho e o Barreal não estarão disponíveis, mas não vou entrar em detalhes agora por questões logísticas. É importante entender que esses processos de transações são complexos e demandam tempo. Tudo precisa estar muito bem organizado, tanto em termos documentais quanto médicos, para que os jogadores tenham a liberdade de começar a integrar a equipe. Até que isso aconteça, precisamos ter paciência para esperar. Nosso foco está no próximo jogo, e muito provavelmente vamos contar com o mesmo grupo de jogadores. Quem começa a ganhar e mantém a mentalidade vencedora já leva 50% de vantagem para o próximo jogo”, comentou.