Diretor de futebol resiste a deixar o cargo em meio a divergências com Casares e protestos da torcida
Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo / ReproduçãoO São Paulo vive dias turbulentos fora de campo. Carlos Belmonte, diretor de futebol, tornou-se um dos principais alvos de críticas em meio à crise política que se intensificou após a eliminação na CONMEBOL Libertadores e a sequência de quatro derrotas seguidas, incluindo os compromissos pelo Campeonato Brasileiro contra Santos e Ceará.
Apesar da forte cobrança, Belmonte não colocou o cargo à disposição nem pretende pedir demissão. A saída só ocorreria em caso de decisão direta do presidente Julio Casares. Nos bastidores, porém, conselheiros e aliados de Casares avaliam que a permanência do dirigente desgasta ainda mais a gestão.
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O ponto central do atual racha é o projeto de parceria entre a base de Cotia e o fundo de investimentos Galápagos. Casares articula a aprovação do modelo no Conselho Deliberativo: o fundo aportaria R$ 250 milhões em troca de 30% da operação da base. A proposta é defendida como inovadora e estratégica pelo presidente, mas encontra forte resistência dentro do clube.
Belmonte lidera a ala contrária, que vê riscos na perda de autonomia de Cotia e defende uma condução mais conservadora.
A insatisfação também chegou às arquibancadas. Antes do duelo contra o Ceará, na segunda-feira (29), torcedores protestaram em frente ao MorumBis com críticas diretas à diretoria. Após a derrota por 1 a 0, os gritos contra Casares e Belmonte se intensificaram, desta vez partindo também de torcedores comuns, não apenas das organizadas.
Enquanto a crise política se arrasta, o São Paulo precisa reagir em campo. A equipe encara o Fortaleza fora de casa na quinta-feira, 02, e recebe o Palmeiras no Morumbis, no domingo, 05. Resultados negativos nesses confrontos podem aumentar ainda mais a pressão sobre a diretoria.