Corinthians permitirá que antigos dirigentes adquiram ações da futura sociedade anônima, mas gestão seguirá critérios objetivos e profissionais para conselho administrativo
O Corinthians avança na criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e já estabelece limites claros para a participação de ex-presidentes. Segundo os idealizadores da iniciativa, Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves, Augusto Melo e outros antigos dirigentes poderão adquirir ações do clube, desde que cumpram requisitos básicos: serem sócios do Corinthians e não possuir pendências legais ou administrativas.
Apesar da permissão para compra de ações, a presença desses ex-dirigentes no conselho de administração da SAF é considerada improvável. A SAFiel, grupo responsável pelo projeto, defende que a escolha dos conselheiros siga critérios objetivos, e não vínculos pessoais ou políticos, garantindo uma gestão profissional e transparente.
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O projeto da SAFiel prevê a estruturação do Corinthians nos moldes de clubes europeus, como o Bayern de Munique. A SAF seria responsável por toda a operação do futebol profissional, feminino e de base, enquanto as demais modalidades esportivas permaneceriam sob a gestão do clube associativo.
A sociedade contará com dois grupos de acionistas: torcedores-investidores, que deverão comprovar vínculo com o clube por meio de associação ao Parque São Jorge ou ao programa Fiel Torcedor, e investidores institucionais, como fundos de investimento e empresas interessadas na operação profissional do futebol.
A proposta reforça a ideia de profissionalizar a administração do futebol do Corinthians, evitando interferência política ou pessoal na escolha de diretores e conselheiros. Cada investidor, seja torcedor ou institucional, precisará atender critérios pré-estabelecidos de elegibilidade, reforçando a transparência e a sustentabilidade da SAF.
Com essas regras, o Corinthians atrai capital e moderniza a gestão, enquanto mantém o vínculo com a torcida e preserva a identidade associativa do clube. Ao permitir que antigos presidentes adquiram ações, o clube demonstra flexibilidade, mas deixa claro que o conselho tomará decisões com base em mérito e critérios objetivos, e não em históricos políticos dentro da diretoria.